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Vara da Família de Assis realiza Oficina de Pais e Filhos para solução de conflitos familiares

Sandra Regina Pauka, chefe do CEJUSC, afirma que as atividades visam melhorar o convívio

Redação AssisCity/Foto: AssisCity

  • 24/05/16
  • 08:00
  • Atualizado há 409 semanas

A Vara da Família da Comarca de Assis, por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), realiza uma vez por mês a Oficina de Pais e Filhos, no Fórum de Assis.

A Oficina existe desde abril de 2014 e é realizada mensalmente, geralmente na última sexta-feira do mês. Trata-se de uma iniciativa da juíza Mônica Tucunduva Spera Manfio, da Vara da Família da Comarca de Assis.

De acordo com Sandra Regina Pauka, chefe do CEJUSC, a Oficina visa melhorar a relação entre pais e filhos após casos de divórcio e outros conflitos familiares.

"A triagem é feita já no despacho inicial do Cartório. Ações de divórcio ou pensão alimentícia, por exemplo, em que seja percebido um conflito, são encaminhadas para a Oficina. Participam o casal e os filhos, de seis a 18 anos. São feitos dois grupos de pais, com cerca de 25 participantes cada. Além disso, os grupos de filhos são divididos por idade, de 7 a 12 anos, e de 12 a 17 anos", afirma.

Sandra explica que durante a Oficina são realizadas atividades para a melhoria do convívio e, ao final, é oferecido um café da tarde para que os familiares possam interagir.

"Nós fazemos as oficinas separadas por idade, pois as crianças menores passam por atividades mais lúdicas, enquanto os mais velhos têm uma linguagem também apropriada para eles. Trata-se de um momento de reflexão e trocas de experiências", salienta.

A Oficina de Pais e Filhos tem um retorno positivo, percebido especialmente durante as audiências.

"A família sempre participa da Oficina próximo à data da audiência, pois buscamos demonstrar que apesar do casamento ter acabado, por exemplo, a relação afetiva vai existir para sempre. O pai ou a mãe não deixará de ocupar esse papel, mesmo que tenham se separado. E felizmente as audiências refletem esse trabalho que fazemos", explica.

Durante a Oficina, há a presença de um instrutor e estagiários do curso de formação de mediadores. Cada instrutor é responsável por até 8 estagiários, que acompanham um determinado número de oficinas e audiências. Após esse processo, um edital é aberto para que eles se inscrevam e participem, posteriormente, de mediações feitas pelo CEJUSC.

O CEJUSC atende casos relacionados à família, como divórcio e guarda compartilhada, além de situações cíveis, como acidentes e cobranças, por exemplo.

João Carlos Gomes da Silva, de 35 anos, participou da Oficina desta sexta-feira, 20. João Carlos divorciou-se há 10 meses, após 17 anos de casamento, e tem três filhos, com idades entre 9 e 17 anos.

Para ele, a experiência serviu muito para rever alguns conceitos sobre si mesmo e a família.

"Acredito que participar da Oficina me ajudou especialmente para melhorar o discernimento sobre algumas atitudes e a ter uma outra análise sobre as reações com os filhos. Às vezes a gente não escuta e precisamos parar para ouvir, o que é uma coisa muito simples e que muda tudo. Acredito que nossa comunicação vai melhorar bastante e a experiência foi muito válida", afirma.

Sandra Regina Pauka, chefe do CEJUSC

Após a Oficina, é realizado um café da tarde, para que os familiares possam interagir

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