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"Falar que a Prefeitura não vai gastar um real com a FICAR é querer enganar a população", diz Mattioli em Sessão da Câmara

Vereadores alertam para despesas com a FICAR, apesar da transferência de recurso para reforma da ESF

Redação AssisCity/Foto: Divulgação

  • 23/06/16
  • 08:00
  • Atualizado há 408 semanas

Vereadores de Assis aprovaram nesta segunda-feira, 20, Projeto de Lei 82/2016 do Poder Executivo em Regime de Emergência, que destina recursos previstos no orçamento municipal para festejos da cidade, e que poderiam ser usados na FICAR, para reforma da Estratégia Saúde da Família da Vila Progresso.

Durante reunião da Comissão Organizadora da FICAR 2016, realizada no início da semana passada, o prefeito havia informado que o evento não utilizaria os recursos municipais de R$ 150 mil, e que o projeto de transposição seria encaminhado para a Câmara. O projeto foi entregue pessoalmente pelo prefeito e vice-prefeita de Assis ao chefe do Poder Legislativo, Edson de Souza.

Alguns vereadores entenderam como finalidade do projeto desviar a atenção da população e imprimir a ideia de que a Prefeitura não terá gastos com a FICAR, desconsiderando que há adequação do espaço, destinação de funcionários, assim como pagamento de horas extras, contas de energia, água e telefone, gastos com combustíveis, entre outros.

Reinaldo Farto Nunes, o Português do PT, faz diversas críticas e diz que é inaceitável que a Prefeitura não pague a Previdência Municipal, de onde será retirada uma parte da verba.

"Se a Prefeitura não paga a Previdência como pode estar sobrando dinheiro daí? ", questiona.

José Luiz Garcia, do PT, acredita que aos conselheiros não foi informada a proveniência do recurso e é uma medida estranha, pois "com isso o prefeito quer mostrar que não vai gastar com a FICAR, e ele tem que fazer o papel dele de se divulgar. Mais estranho é que ele mandou três laudas falando da FICAR e sua importância e apenas um linha falando do recurso".

Valmir Dionízio, PSD, considera importante que se saiba de onde entra e de onde sai recurso da municipalidade. "Minha preocupação é que está saindo dinheiro da Saúde, de licença premio dos servidores, enquanto a Prefeitura está negando esses pedidos a funcionários que têm esse direito; além do mais, há uma dívida com a previdência, de onde sai R$ 10 mil, e ainda está tirando recurso de bolsistas estagiários. Nós precisamos de transparência na administração", diz Dionízio.

Paulo Mattioli Júnior, apesar de considerar a FICAR uma festa importante, cobra transparência. "A FICAR tem um custo administrativo e falar que a Prefeitura não vai gastar um real de investimento é querer enganar a população", profere o vereador.

Câmara Municipal de Assis

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