Leitora do AssisCity filma suposta briga de tucanos e Bem-te-vi

Na última quarta-feira da semana passada, dia 15 de junho, a atendente de loja de sucos, Maria Eloiza da Silva, de 44 anos, flagrou uma cena inusitada no meio urbano e filmou a suposta briga de um Bem-te-vi e dois tucanos em uma árvore da Escola Municipal Mafalda Salotti Bartholomei, na Vila Progresso, em Assis.

Maria Eloiza achou a cena distinta, pois nunca havia visto algo parecido antes. "Não consigo descrever a sensação, mas afirmo que fiquei maravilhada com a beleza dos tucanos e achei engraçada a briga deles com o Bem-te-vi. Fiquei intrigada, gostaria de saber o motivo da briga", conta.

De tão intrigada, a assisense fez uma foto dos tucanos e um vídeo da suposta briga das aves.

A reportagem do AssisCity procurou Fernanda Rodrigues, que é licenciada em Biologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), pelo campus de Bauru, e mestranda em Zoologia no Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu, e explicou o comportamento dos tucanos e a possível briga entre eles.

"Aves oportunistas se adaptam a diversos ambientes e nichos ecológicos. E muitas conseguem viver bem em meios urbanos, devido à facilidade de encontrar alimentos. Como é o caso do Tucanuçu, popularmente conhecido como tucano, Ramphastos toco e o Bem-te-vi, Pitangussulphuratus", explica.

Fernanda relata que os tucanos comem frutos e diversos animais invertebrados, como aranhas, grilos, cigarras, cupins, e pequenos vertebrados, como filhotes de aves.

"O Bem-te-vi também é oportunista, ajustando-se a qualquer meio e descobrindo facilmente novas formas de alimentos. Sua dieta é extremamente variável, na maioria insetos e frutas, mas também pequenos vertebrados. É bastante agressivo, territorialista e barulhento, ameaçando até aves maiores que se aproximam de seu território", acrescenta.

A hipótese da bióloga para possível briga das aves é que o Bem-te-vi poderia estar encarando o tucano para proteger o seu território, alimentação, ninho e seus filhotes.

Fernanda Rodrigues é licenciada em Biologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), pelo campus de Bauru, e mestranda em Zoologia no Instituto de Biociências da UNESP de Botucatu

Maria Eloiza da Silva, de 44 anos