Dia da Árvore é comemorado em figueira centenária, em Cândido Mota

O Dia da Árvore é comemorado no Brasil em 21 de setembro e tem como objetivo principal a conscientização a respeito da preservação desse bem tão valioso.

A árvore é um grande símbolo da natureza e uma das mais importantes riquezas naturais que possuímos. As diversas espécies arbóreas existentes são fundamentais para a vida na Terra porque aumentam a umidade do ar por conta da evapotranspiração, evitam erosões, produzem oxigênio no processo de fotossíntese, reduzem a temperatura, além de fornecerem sombra e abrigo para algumas espécies animais.

Neste dia 21 de setembro, a ONG Pró Azul realizou algumas ações em referência à data e, em especial, a uma arvore que já é símbolo da cidade de Cândido Mota: a famosa e centenária "Figueirão", nome dado carinhosamente à grandiosa árvore Ficus organezis , da família Moraceae, e cujo nome popular é Figueira ou Fico Chorão. Ela está situada no final da Avenida da Saudade, onde também se localiza o Cemitério Municipal.

Em São Paulo também existe uma árvore da mesma espécie, que é considerada a árvore mais antiga da cidade. A similaridade entre esta e a "Figueirão" está tanto na espécie, quanto na idade. A Figueira da capital tem o nome conhecido de "Figueira das Lágrimas", pois das proximidades da árvore saíam combatentes que iam lutar na guerra do Paraguai, deixando para trás mães, esposas e filhos chorosos.

A Figueira de Cândido Mota está situada ao lado do atual velório e de frente para o cemitério, local onde é realizada a última despedida dos vivos aos seus entes queridos que se foram.

Porém, mesmo com este aspecto melancólico, a árvore é tida como a mais antiga de Cândido Mota, com uma altura de aproximadamente 14 metros e tronco com mais de 10 metros de diâmetro. Ela apresenta grande robustez e sua aparência é espetacularmente saudável, com uma copa que faz sombra durante todo o dia.

Durante a visita no local, membros da Pró Azul conversaram com diversos transeuntes e moradores vizinhos. Uma delas foi com um morador nascido na cidade em 1937 e que relatou que, quando criança, aquele local era um bosque de figueiras, todas da mesma espécie. Ele inclusive conhecia esta última sobrevivente, que já possuía as mesmas dimensões atuais. O morador ainda citou que o local, segundo seu pai , também foi parada de tropeiros e era referência para quem estava chegando na "Parada do Jacu", antigo nome do início da comunidade que viria a ser a cidade de Cândido Mota.

Diante da história da árvore carinhosamente chamada de "Figueirão" e em homenagem ao Dia da Árvore, a ONG Pró Azul juntou-se à comunidade do bairro Sol Nascente e, com a ajuda dos moradores adultos e crianças, plantaram algumas mudas na área verde do local, que a comunidade já está fortalecendo um projeto de plantio com muita garra e união.

Também foram distribuídas mudas de ervas medicinais para a comunidade da Associação dos Quatro Bairros, onde uma horta comunitária vem sendo cultivada já há algum tempo.

A ONG Pró Azul agradece aos que buscam o equilíbrio entre a natureza e a urbanização com responsabilidade, sempre lembrando que devemos conservar o que restou, mas recompondo o que foi destruído.