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Sentir atração sexual por crianças e adolescentes tem cura?

Mas afinal, esse comportamento é considerado pedofilia ou estupro?

Psicologias do Brasil - Juliano Coimbra dos Santos

  • 24/09/16
  • 21:00
  • Atualizado há 391 semanas

"Depois que ele tocou em mim, sem a minha permissão, deixou apenas dores e nojo do meu próprio corpo". (S. S. P.)

A frase acima é a expressão de dor, de uma jovem que foi abusada na infância.

Mas afinal, esse comportamento é considerado pedofilia ou estupro? Indivíduos com essa postura são doentes ou não? A pedofilia tem cura? Leia esse artigo e tenha as respostas para esses questionamentos.

Para responder a esses questionamentos, cabe entender: O que é pedofilia?

A Organização Mundial de Saúde (OMS), compreende que a pedofilia está entre as doenças classificadas pela OMS entre os transtornos da preferência sexual. Sendo assim, entende que os pedófilos são pessoas adultas (homens e mulheres), que possuem preferência sexual por crianças - meninas ou meninos - do mesmo sexo ou de sexo diferente, geralmente pré-púberes (que ainda não atingiram a puberdade) ou no início da puberdade.

É importante destacar que: O código penal considera crime a relação sexual ou ato libidinoso (todo ato de satisfação do desejo, ou apetite sexual da pessoa) praticado por adulto com criança ou adolescente menor de 14 anos.

Todo ato sexual sem consentimento, é considerado abuso sexual e esse deve ser caracterizado como estupro. Para que seja avaliado se o abuso é considerado pedofilia ou apenas estupro, é necessário avaliar diversas questões, como: a preferência sexual recorrente, a periodicidade desses desejos, a faixa etária da vítima, dentre outras questões que são avaliadas a partir de um Diagnóstico Diferencial, emitido por uma equipe multiprofissional.

Os indivíduos com essa prática são considerados doentes ou não?

Não podemos generalizar os casos, visto que muitos dos envolvidos podem sim, ter traços pedófilos e encaixarem-se na classificação, outros, podem ter aproveitado o momento e permitido se comportar de acordo com a massa.

Em outras palavras, quero dizer que é relativo, pode ser uma situação momentânea para alguns, todavia, outros envolvidos possuem de fato esse transtorno e a resposta, só poderá vir com eficácia, posterior ao diagnóstico diferencial.

A pedofilia tem cura? Há cura para a pedofilia!

Dentre as técnicas utilizadas para o tratamento da pedofilia, a Psicoterapia, é uma grande aliada e de extrema importância, visto que tem como finalidade levar o indivíduo a compreender seus desejos, organismo e aprender a lidar com seus comportamentos, de maneira responsável, além de estimular comportamentos aceitos socialmente, buscando maneiras de minar os comportamentos inapropriados.

Outra ferramenta técnica utilizada, inclui um "Sistema de Suporte de Doze Passos", paralelo a terapia de vícios, embora esse sistema é visto por alguns especialistas como menos eficaz.

Além desse tratamento, pode-se contar também com as terapias medicamentosas, como os antiandrogênicos, tais como o Depo Provera, que podem ser utilizado com o objetivo de diminuir os níveis de testosterona, e são aliados com outras medicações, para que obtenha a eficácia do tratamento. Insta declarar que essa terapia, pode acarretar em efeitos colaterais, por isso, é importante a assistência médica, para um tratamento mais eficaz.

Apesar de algumas terapias medicamentosas para o controle do desejo sexual, gerar efeitos colaterais, como descrito acima, essa castração química é um método de controle que tem mostrado alguns resultados. Também podem ser utilizadas por pessoas que queiram diminuir a sua libido, objetivando evitar abusos sexuais, antes que eles aconteçam.

Algumas pessoas não aceitam a pedofilia como problema e criam justificativas para continuar com seus comportamentos, não levando em consideração que os comportamentos emitidos, podem gerar dores físicas e emocionais para a pessoa violentada.

Diante de diversas técnicas apresentadas, apenas, uma boa avaliação psicológica e médica podem orientar os caminhos a seguir com o indivíduo que precisa de tratamento.

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