Escola Ernani Rodrigues realiza Semana da Consciência Negra, em Assis
O evento foi realizado de 16 a 21 de novembro
A Escola Estadual Prof. Ernani Rodrigues, de Assis, realizou de 16 a 21 de novembro a Semana da Consciência Negra.
Os alunos do 8°ano B, 9° ano A e 9° ano B tiveram a oportunidade de fazer reflexões sobre a participação do negro na sociedade, durante roda de conversa e seminários, desenvolvidos pela professora Geneci dos Santos.
Os assuntos tratados foram preconceito, racismo, cientistas negros, além de mulheres negras que se destacaram no Brasil e no mundo.
"Escolhemos a participação do negro na ciência porque este fato é pouquíssimo divulgado pelos meios de comunicação. A imagem que se construiu do negro ao longo dos séculos é que ele é um indivíduo bom para trabalhar, bom para o esporte, para o artesanato, para o sexo, etc, mas a área da intelectualidade sempre foi apresentada desvinculada da população negra", afirma a professora responsável.
Durante a aula, foram utilizadas imagens de cientistas negros e mencionadas as invenções que os negros fizeram em várias épocas.
"A visão eurocêntrica no ensino das ciências mascarou partes da realidade da produção científica. O ato de esconder que os negros fizeram e fazem conhecimento científico contribui para afastar os afrodescendentes das carreiras científicas. Por meio desse conteúdo estamos trabalhando a alteridade em oposição ao etnocentrismo e ao racismo", complementa.
Já o foco dado às mulheres negras partiu do fato de que a participação delas nas lutas contra a escravidão, na literatura e na ciência não é comentada. Durante o seminário, os alunos apresentaram informações sobre Dandara, Luiza Mahim, Carolina Maria de Jesus, Wangari Muta Maathai, Rosa Parks, dentre outras.
Outra atividade realizada durante a semana foi a Exposição de Maquetes "Raízes Afro", que explorou o tema "Quilombos e Quilombolas", sob a coordenação da professora Lucimar Gonçalves e organizada pelos alunos dos sétimos anos.
A escola também participou do Concurso de Fotografia promovido pelo Instituto Zimbauê e pela Diretoria de Ensino - Região de Assis, em parceria com a Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA).
Os alunos se envolveram com a temática e o trabalho escolhido pela equipe escolar para concorrer foi idealizado e desenvolvido pelo aluno Lucas Vinícius Pestana, com o título "O espelho revela a ancestralidade", cuja intenção era mostrar que todos nós temos traços que revelam os genes herdados das raízes africanas que marcam este Brasil miscigenado.