Futuro bispo de Assis visita a cidade e toma posse em março, na Catedral

O futuro bispo de Assis, Monsenhor Argemiro de Azevedo, esteve nesta quinta-feira, 23, para fazer uma visita ao clero, que inclui padres e seminaristas. O Monsenhor também esteve em algumas paróquias, na Catedral, conheceu a residência episcopal, que será sua futura casa, além de conceder uma entrevista no antigo Seminário da cidade, juntamente com o Bispo Dom Sérgio Krywy.

"A visita tem o objetivo de começar a conhecer a realidade de Assis. Quero conhecer e conversar com os leigos, com os agentes de pastoral, as comunidades, paróquias. O importante vai ser conviver e usar esse conhecimento para organizarmos, juntamente com o clero, o nosso plano de ação para caminharmos juntos", afirma.

Monsenhor Argemiro receberá sua ordenação no dia 25 de fevereiro, no Ginásio Municipal de Araçatuba, cidade onde foi padre por mais de 15 anos. Já a posse como bispo será no dia 19 de março, a partir das 17h, na Catedral de Assis.

"A ordenação será feita por Dom Sérgio Krywy, juntamente com outros dois bispos: Dom Arnaldo Neto, de Itapeva, e Dom Wilmar Santin, de Itaituba, no Pará. Também estarão presentes todos os bispos da província eclesiástica, das sete dioceses, além de padres, religiosos, seminaristas e leigos. O dia da posse foi escolhido por conta de uma devoção pessoal a São José, mas coincidentemente, é a mesma data da posse do primeiro bispo de Assis, Dom Antônio José dos Santos, em 1930", revela.

Monsenhor Argemiro será o sexto bispo de Assis e afirma que a meta é dar continuidade ao grande trabalho que foi feito até agora, após tantos anos.

"A Diocese de Assis existe desde 1928. É uma longa e séria caminhada, com uma comunidade muito consciente, que perseverou e se manteve. O trabalho dos bispos com o clero manteve a união e a religiosidade de maneira bastante viva. O meu papel como bispo é fazer com que a gente viva a fraternidade, o respeito, o amor. Pretendo dar continuidade a essa caminhada e a trabalhos pastorais tão importantes, como a ação social com os pobres, os doentes, a juventude, os idosos, sem esquecer os valores e da unidade da família, que deve ser preservada", salienta.

Monsenhor Argemiro foi nomeado bispo pelo Papa Francisco no dia 13 de dezembro. Ele disse que, apesar de ser algo que desejava, foi pego de surpresa.

"Eu estava em viagem quando recebi a ligação falando que havia sido indicado pelo Papa Francisco. Pedi um dia para pensar, fui para a capela, fiquei em oração e aceitei no dia seguinte, logo pela manhã. Quando os nomes começam a ser cotados, temos algumas expectativas, mas não imaginava que pudesse ser eu o escolhido. Humildemente aceitei e vou procurar servir à Igreja de Assis, estar entre os leigos e servir ao que Deus me capacitar, pois ele me escolheu", diz.

Monsenhor ainda não recebeu o título de Dom, pois a mudança só ocorre após a ordenação. Ele revelou o lema que elaborou para o brasão episcopal.

"O lema será 'Apascenta os meus cordeiros', que em latim é 'Pasce Agnos Meos'. A Igreja é um todo, mas aqui é uma parte dela. Eu, como bispo, estarei em comunhão com o Papa, para servir à missão da Diocese de ensinar o evangelho, santificar, conduzir as pessoas pelo caminho da salvação e governar esta igreja. A ordenação de bispo leva à plenitude sacerdotal. Somos sucessores legítimos dos apóstolos e não nos aventuramos a sermos bispos por nossa conta. Somos eleitos e legitimamente ordenados", explica.

O padre Heliton Luís Ferreira é um dos responsáveis por apresentar a nova cidade ao monsenhor. Ele disse que todo o povo está muito feliz com a indicação.

"O povo ganhou um grande presente de Natal com a nomeação do monsenhor como bispo de Assis. Acolhemos com muita alegria e afeto filial, pois o bispo é um pai. A liturgia se remete ao bispo como pai, ou seja, é figura paterna espiritualmente falando. Foi uma experiência valiosíssima o ofício de servir à Diocese e prepará-la para a vinda dele. Temos muita alegria em poder acolhê-lo, saber que ele estará conosco, em comunhão com a igreja, e sendo apascentados por ele", acrescenta.

Sobre a despedida de Araçatuba e a mudança de cidade, monsenhor afirma que está pronto.

"Sou muito estimado em Araçatuba. Os fiéis de lá me relatam a alegria de eu ter sido nomeado bispo e o sentimento de perda de alguém que estimam muito. Foram 14 anos na mesma paróquia e 1 ano e meio em outra. Isso é muito gratificante de ouvir, mas não posso reservar para lá aquilo que eu vou viver aqui. Fiz em oração, meditação, e continuo pedindo que Deus me dê a força de manter vivo esse espírito. Vou daqui até a morte nesta Diocese", conclui.

Padre Heliton Luís Ferreira, Monsenhor Argemiro e Dom Sérgio