Trabalhadores da Santa Casa de Assis iniciam greve nesta terça
Greve se inicia pela falta de acordo com relação a jornada de trabalho
Na manhã desta terça-feira, 3 de janeiro, conforme anunciado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sorocaba e Região, aproximadamente 400 servidores da Santa Casa de Misericórdia de Assis e região entraram em greve.
A greve começou às 7 horas, diversos funcionários estão reunidos em frente à praça da Unidade Hospitalar e contam com o apoio do Sindicato da categoria.
A paralisação se dá pela não concordância da mudança da jornada trabalhista de 12 horas trabalhadas e 36 horas de descanso para 7 horas e 20 minutos diárias em seis dias da semana.
Contrários à imposição da direção da Santa Casa de Misericórdia de Assis de alterar a jornada de trabalho de 12 horas trabalhadas e 36 horas de descanso para 7 horas e 20 minutos diárias em seis dias da semana, cerca de 80 trabalhadores da unidade hospitalar iniciaram uma greve às 7 horas da manhã desta terça-feira, dia 3 de janeiro, por tempo indeterminado.
"Os trabalhadores da Santa Casa de Assis ganham o pior salário do Estado de São Paulo, tem gente que ganha R$ 840,00, menos que um salário mínimo, além dessa mudança da jornada trabalhista que começou hoje, já faz dois anos que não temos dissídio coletivo. Todos os setores aderiram à greve, contamos com o apoio dos médicos e dos vereadores do Município", disse Milton Sanches, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sorocaba e Região.
"Todos os trabalhadores de 12 x 36 horas, se quiserem entrar na Justiça pelas horas excedentes, que a mudança implicará ao longo de cinco anos, vão ganhar. Olha o prejuízo que a Santa Casa pode ter", acrescenta.
Por volta das 9h30, a direção da Santa Casa de Misericórdia de Assis chamou um grupo do Sindicato e funcionários para uma conversa, com intenção de negociar as reivindicações.
Nota OSS Santa Casa
A OSS Santa Casa de Misericórdia de Assis respeita o direto de greve, estando aberta ao diálogo, porém informa que o turno de 7h20 será mantido, pois é importante mecanismo para sobrevivência financeira da instituição que sofre com o subfinanciamento de suas atividades. Entendemos o anseio dos funcionários, mas é necessário manter a instituição aberta para
garantir os empregos e a assistência à comunidade.
Embora haja dificuldades, hoje a Organização mantém em dia salários, 13° salário, férias e demais obrigações trabalhistas e sociais de todos seus colaboradores, inclusive tendo feito uma antecipação do reajuste salarial em relação à Convenção Coletiva de Trabalho.
Com o início do movimento de greve a Santa Casa de Assis esclarece que está organizada e que mantém o atendimento à população de Assis e região, priorizando a qualidade e a saúde dos pacientes.