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Reunião de grevistas da Santa Casa com diretoria termina sem acordo

A reunião de 40 minutos foi na manhã da terça-feira, 3, primeiro dia de greve

Redação AssisCity

  • 04/01/17
  • 09:00
  • Atualizado há 380 semanas

A greve dos servidores da Santa Casa de Misericórdia, começada nesta terça-feira, 3, se iniciou de forma tensa. Os trabalhadores com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Sorocaba e Região, conversaram com a direção da unidade hospitalar por aproximadamente 40 minutos e nada foi resolvido.

O presidente do Sindicato, Milton Sanches, está no Município e informa à reportagem do AssisCity que a Santa Casa não abriu espaço para negociação da jornada de trabalho.

"Alguns funcionários e nós do Sindicato conversamos por 40 minutos com a direção, que não negocia e não respeita a Lei da Greve, a qual determina que 30% dos trabalhadores de cada setor continuem trabalhando, em forma de revezamento. A imposição é tão grande, que afirmaram que quem quiser fazer greve não precisa nem ir trabalhar, para ficar fora do prédio; chegaram até colocar cadeados no portão dos funcionários, isso não é um desrespeito não só para com os servidores, mas para com os pacientes também", aponta.

Milton declara que ainda nesta quarta-feira, 4, será protocolado no Tribunal Regional do Trabalho de Campinas uma denúncia contra a Santa Casa, pelo não respeito a Lei de Greve.

"Contra a mudança da jornada de trabalho já foi protocolada a denúncia, agora vamos denunciar a falta de respeito pela greve. Já fizemos um Boletim de Ocorrência, por causa do impedimento da direção da entrada e saída dos funcionários, ou seja, não estão respeitando o revezamento da grevista", denuncia.

O presidente do Sindicato informa que a greve continua por tempo indeterminado e afirma que na manhã desta quarta, uma nova Assembleia será realizada com os servidores para traçar os novos rumos da paralisação.

O principal motivo da greve dos servidores é a mudança da jornada de trabalho de 12 horas trabalhadas e 36 horas de descanso para 7 horas e 20 minutos diários em dias da semana. A medida segundo, os grevistas é prejudicial, pois muitos têm outros empregos e até mesmo estudam, haja vista que a mudança não preconiza aumento salarial.

"O pessoal da direção informa que está nos respeitando, mas o salário base é de R$880,00, falam ainda que o décimo terceiro está em dia, mas não fazem mais do que a obrigação, pelo tanto que ganhamos e trabalhamos. Essa mudança de horário nos prejudica, pois a maioria tem outro serviço para complementar a renda. Só queremos continuar a trabalhar no horário antigo, sem prejudicar a instituição", disse Roseli Aparecida dos Santos, copeira da instituição.

A Santa Casa enviou uma nota à reportagem do AssisCity ontem, dia 3, e informou que respeita à greve dos servidores, mas que por medidas de contenção de gasto deve mudar a jornada de trabalho.

Servidores e membros do Sindicato conversam com direção e greve continua. Foto: AssisCity

Presidente de Sindicato afirma que direção colocou cadeado no portão de entrada e saída de diferença. Foto: Divulgação

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