Mão dupla

"O ódio desperta rixas; a caridade, porém, supre todas faltas." Prov. 10-12.

Nos nossos relacionamentos com as pessoas, na medida em que o tempo passa, é óbvio, nos leva a conhecer o perfil de cada um. Deparamo-nos com pessoas que descomprometidamente se aproximam apenas com a intenção de levar algum tipo de vantagem pessoal. Também têm as que não querem vantagem, se aproximam por empatia, mas também não querem se comprometer.

Ruim seria se todas fossem assim. Mas, existem aquelas que se aproximam e passam a ser parte de nossas vidas, comprometidamente. Preocupam-se com nosso dia, com nossas fraquezas, com nossos problemas.

Colocam-se solidariamente para serem suporte nos momentos de fragilidade e nos sentimentos de desistência. Oferecem uma palavra de conforto, ou ainda, em silêncio, escutam nossas confidências e partilhas.

Essas pessoas podem se "disfarçar" em várias faces. Aproximam-se sutilmente e ocupam o lugar no coração, que com méritos conquistaram. Todos nós precisamos nos cercar de pessoas com esse desprendimento e caridade. Somos humanos e precisamos viver em comunidade. O que temos feito pelo próximo? Vivemos em uma "pista" de mão dupla. Ora indo, ora voltando. Se o "farol" alto contrário incomoda minha visão, devo lembrar-me de estar atento e "abaixar" meu farol, para que o mesmo não incomode o que está vindo.