Sindicato constata mais de 2 horas em fila de espera na Caixa
Senhas foram distribuídas às 10h05 e às 12h30 atendimentos ainda não haviam sido feitos
Membros do Sindicato dos Bancários de Assis e Região constatou no dia 13 de janeiro, o que vem ocorrendo constantemente na agência da Caixa Econômica Federal do município: grandes filas de espera para o atendimento. As senhas distribuídas nesta data tinham horário marcado de 10h05 e às 12h30 ainda não haviam sido atendidos.
Tudo isso faz parte do processo de desmonte da função social desempenhada pela Caixa. O banco está redimensionando o número de empregados por agência e vinculando a nova quantificação à produtividade em vendas. Ou seja, as agências que vendem pouco estão perdendo bancários. "Essa situação está afetando diretamente o atendimento e agrava ainda mais a sobrecarga de trabalho causada pela já crônica falta de empregados", critica o presidente do Sindicato, Helio Paiva Matos.
Outro indício que reforça a trajetória de encolhimento do caráter social desenvolvido pelo maior banco 100% público do país: muitos empregados que hoje prestam atendimento à população serão direcionados para a prospecção de clientes de alta renda e para a venda de produtos, repetindo a estratégia das instituições privadas.
A população já vinha sofrendo, desde julho do ano passado, com a extinção da função de caixa. O Caixa Minuto, medida anunciada para tentar maquiar essa mudança radical, não está suprindo o atendimento cada vez mais precário causado pela falta de empregados. "Essas medidas pretendem desmontar a função social da Caixa, que é justamente seu diferencial por atender a nichos específicos que os bancos privados não atendem, além de promover o desenvolvimento social do país, outro campo que não interessa aos demais bancos. Essas mudanças de gestão ameaçam também as carreiras dentro do banco, por isso a resistência dos empregados deve aumentar", reforça.