Buscar no site

Casa é incendiada, bebê morre carbonizado e mãe está em estado grave

Duas pessoas estão internadas em estado grave no Hospital Regional

Redação AssisCity / Foto: AssisCity

  • 22/01/17
  • 12:00
  • Atualizado há 374 semanas

Uma tragédia familiar culminou na morte da menina Maria Eduarda Andrade dos Santos, de 1 ano, que morreu em um incêndio na sua casa Rua Cardoso de Melo, n° 273, Vila Glória, em Assis, por volta das 7 horas, deste sábado, 21. O pai da criança, um homem de 29 anos, está detido no Plantão Policial suspeito de ter ateado fogo na residência, apesar de negar o crime à reportagem.

A sogra do indiciado de 44 anos e a esposa dele de 23 anos estão internadas em estado grave no Núcleo de Atendimento Referenciado (NAR), do Hospital Regional de Assis (HRA).

De acordo com o Boletim de Ocorrência elaborado no Plantão Policial, a vizinha, uma das testemunhas do caso, informou que o casal e a sogra brigavam com frequência, e o uso de drogas ilícitas e álcool era constante. Diante dos seus relatos e do que foi apurado no local dos fatos, o delegado plantonista, Luiz Antônio Ramão, decretou prisão por homicídio duplamente qualificado, podendo ficar recluso por um período de 12 a 30 anos.

"O casal tem outros três filhos, que conseguiram sair da casa com a ajuda dos vizinhos, enquanto isso, o indiciado estava fora da residência; a Polícia Militar o trouxe para o Plantão Policial. Quando os bombeiros chegaram, foi encontrada uma criança de um ano morta, a qual ficou carbonizada", relata o delegado.

O Sargento do Corpo de Bombeiros de Assis, Matheus do Carmo, relata que os esforços da brigada era resgatar a criança com vida, mas lamenta que ela foi encontrada morta.

"Recebemos a informação de que havia uma criança no imóvel, a encontramos sem vida na sala, o local já está seguro; a casa ficou toda comprometida, e controlamos para que não atingisse a residência ao lado. Agora a perícia da Polícia Civil investigará o caso", disse o bombeiro.

A reportagem do AssisCity conversou com o indiciado que nega a autoria do crime.

"Ela (a sogra) disse que de uma certa forma iria se vingar, estávamos dormindo quando ela chegou, jogou alguma coisa, um objeto para o fogo se expandir, deu tempo de socorrer a minha mulher e as crianças, o bebê estava no fundo, escutei uma criança chorando, e não acreditava que era a minha filha, não dava para encarar o fogo e retornei, na hora que retornei não dava mais tempo. É ela, com certeza, nem sei porque estou preso, queria se vingar de todos nós. Não fizemos nada, ela matou o marido, e agora matou a neta e a filha pode morrer. Nunca faria isso, nem sei porque estou preso. Pergunte a vizinhança", se defende.

O acusado será encaminhado para a Cadeia Pública de Lutécia. As outras três crianças foram encaminhadas para o Conselho Tutelar, a reportagem procurou o órgão, mas não obteve sucesso.

Acusado nega autoria do incêndio

O corpo da criança carbonizada foi levado para o Instituto Médico Legal (IML)

Delegado de Polícia Luiz Antônio Ramão

Local do incêndio foi isolado

Imóvel sofreu perda total

Vizinhança se reúne no local da ocorrência

Receba nossas notícias em primeira mão!