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Filhos do casal que teve a casa incendiada em Assis estão na Casa de Acolhida

Audiência determinará a guarda das crianças

Redação AssisCity / Foto: AssisCity

  • 23/01/17
  • 09:00
  • Atualizado há 377 semanas

O incêndio ocorrido no sábado, 21, na Rua Cardoso de Melo, n° 273, na Vila Glória, em Assis, que resultou na morte de Franciane Andrade Soares de Paula, de 23 anos, e da sua filha de 1 ano, Maria Eduarda Andrade dos Santos, e na prisão do companheiro dela, um homem de 29 anos, acusado de incendiar o imóvel, comoveu toda a região.

Na ocorrência, os outros três filhos do casal, duas meninas, uma de 8 e outra de 6 anos, além de um garoto de 2 anos, que foram socorridos pelos vizinhos sem ferimentos, foram abrigados na Casa de Acolhida pelo Conselho Tutelar.

Os conselheiros tutelares, Maria Regina Rodrigues e Sérgio Vieira, falam sobre o caso e explicam como fica a situação das crianças.

"Nós já desabrigamos as crianças duas vezes. A primeira em 2014 e a segunda em 2015, mas voltaram para a família, pois nas audiências concentradas, formadas por juiz, promotor, Secretaria da Saúde, da Educação, Conselho Tutelar, entre outros setores, foi entendido que poderiam voltar à família. Sempre acompanhamos o caso; as crianças sempre iam à escola, estudavam em período integral, mas o casal sempre brigou e fazia uso de álcool. Franciane, até o fim do ano passado, trabalhava pela Frente de Trabalho da Prefeitura, enquanto o seu esposo, trabalhava em um lava-rápido", conta Maria Regina.

Os conselheiros afirmaram ainda que nunca houve registro de agressão do casal às crianças, no entanto a conselheira afirma que o pai delas é agressivo. "Os vizinhos afirmam que ele é agressivo, com frequência brigava com a esposa. Na última vez que fomos desabrigar as crianças, ele me deu alguns tapas", diz Maria Regina.

"Ainda hoje, o Conselho Tutelar promoverá uma representação no Ministério Público em função do abrigamento das crianças. Posteriormente, o Ministério Público comunicará a Vara da Infância e a Adolescência do Fórum de Assis sobre o abrigamento das crianças. Caberá ao juiz da Vara a decisão sobre os destinos das crianças após consultar o setor técnico do Fórum de Assis", explica Sérgio.

Por fim, Vieira informa que até o momento nenhum familiar procurou as crianças, inclusive a avó, que também foi vítima do incêndio e já recebeu alta hospitalar.

Sepultamento da mãe

O corpo de Franciane chegou em Assis no domingo, 22, no final da tarde, e o velório está sendo na Funerária São Vicente, na sala 7. O sepultamento está marcado para as 10h30, no Cemitério Municipal da Saudade de Assis.

Casa incendida no sábado, 21, pela manhã

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