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Homens 'invadem' profissões que antes eram consideradas femininas

Manicure, diarista e costureira são funções que agora ganham cara nova. Crise faz profissionais vencerem o preconceito

G1/Foto: Reprodução/TV TEM

  • 23/01/17
  • 11:00
  • Atualizado há 378 semanas

Em meio à crise, alguns profissionais estão inovando, apostando na criatividade e deixando o preconceito de lado para conseguir uma vaga no mercado de trabalho. Profissões que antes eram exercidas somente por mulheres, hoje estão ganhando espaço com o público masculino.

Para quem pensa que manicure é profissão de mulher, Henrique Rodrigues da Silva mostra o contrário. Ele começou exercendo a atividade como hobbie e hoje é manicure em um salão de beleza de São José do Rio Preto (SP). "Começou mesmo como diversão, um hobbie, e pensei porque não ganhar dinheiro com isso. Com isso virei profissional, sem problema nenhum com o preconceito", afirma.

E ele tem conquistado cada vez mais a confiança das clientes. "Meu medo era da mão dele ser pesada por se tratar de um homem, mas me surpreendi muito, a mão chega a ser mais leve que de uma mulher", comenta Tatiane Souza, cliente de Henrique.

Há alguns meses, Alessandro Júnior Silva Marques viu na faxina uma forma de ganhar dinheiro extra. Ele foi se acostumando com a vassoura e os serviços domésticos e logo se tornou diarista. "O mercado de trabalho está muito difícil, mas aí apareceu essa oportunidade e eu agarrei. Para muitos é uma função para mulher, mas muitos homens estão aderindo a profissão e acho que daqui um tempo os homens também vão ter seu espaço", diz.

A princípio, um de seus clientes, o advogado Leonardo Queiroz, achou estranho o fato de um homem realizar faxinas, mas contratou o serviço e gostou bastante do resultado. "No primeiro momento, achei bem diferente. Mas me surpreendi. Ele fez o trabalho muito melhor do que outros profissionais que já passaram pela minha casa", afirma o advogado.

Adilson Castro Ribeiro é costureiro há mais de 10 anos, ele aprendeu a comandar as máquinas de costura com a própria mãe, com quem agora forma uma parceria profissional. "Antes de entrar nessa área, eu mesmo tinha um certo preconceito por saber que a profissão é exercida somente por mulheres. Hoje eu não troco meu trabalho por nada. É o meu sustento, descobri que sou apaixonado pela profissão de costureiro", comenta Adilson.

Adilson é costureiro

Henrique trabalha em um salão de beleza como manicure

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