Ele passou por aqui, há dois mil anos atrás,
Pregava amor e paz e a união entre os povos;
Com seus cabelos compridos e o seu rosto bonito,
O Filho de Deus bendito, falava de tempos novos.
Num julgamento forjado, escribas e sacerdotes.
Pediram a sua morte e Pilatos o condenou.
Por um tal de Barrabas, um bandido celerado,
Jesus então foi trocado, e a multidão o levou.
Com uma coroa na fronte, de espinhos dolorosos,
Por caminhos tortuosos, o Filho de Deus seguia;
No açoite dos soldados, com o rosto ensanguentado,
Com o madeiro pesado, vez por outra Ele caía.
No caminho do calvário, quantas cenas de emoção,
Como aquela em que Simão, a cruz do mestre tomou.
Ou a cena em que Verônica enxugou o santo rosto,
E depois viu ele exposto no pano que ela usou.
A cena tão comovente de Maria aos pés da cruz,
Que viu seu filho Jesus ser morto e crucificado;
Depois viu quando os algozes, sua túnica sortearam,
E viu quando transpassaram com uma lança seu lado.
A cena de compaixão de José de Arimatéia,
Que do meio da platéia, o martírio acompanhou;
Depois pediu a Pilatos o corpo do bom Jesus,
E tirando Ele da cruz, para o sepulcro o levou.
Porém, o mundo não viu a cena mais emocionante,
Quando Jesus triunfante pra junto do Pai subiu;
No seu sepulcro vazio, ficou o sudário santo,
Ali jogado num canto, de onde Ele saiu.