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Embalagens de fast-food podem contaminar alimentos

Pesquisa revelou que os pacotes liberam PFCs, compostos químicos que podem causar câncer e problemas imunológicos

Metrópoles

  • 04/02/17
  • 18:00
  • Atualizado há 372 semanas

Para quem iniciou o ano com o foco na dieta, uma notícia pode ajudar na busca por uma alimentação mais saudável e diminuir aquele desejo por hambúrgueres industrializados. Pesquisadores do Instituto Silent Spring em Massachusetts, nos EUA, analisaram a composição química dos copos de suco, das caixinhas de papelão das batatas fritas e até dos papéis em que são embrulhados os sanduíches em redes como McDonald's e Burger King.

O grupo descobriu que quase todas as embalagens liberam, em quantidades diferentes, compostos químicos perfluorados (PFCs), também conhecidos como PFASs. O problema é que alguns tipos específicos de PFCs, como o PFOA e o PFOS são tóxicos, não se decompõe com facilidade e costumam ficar acumulados em organismos vivos. As consequências podem vir na forma de tumores, problemas congênitos ou baixa fertilidade.

Esses compostos são considerados perigosos e, por esse motivo, em 2011 a U.S. Food and Drug Administration, espécie de ANVISA norte-americana, fechou um acordo voluntário com várias empresas para impedir o uso deles em embalagens de comida.

A recomendação, no entanto, não surtiu efeito. Na pesquisa elaborada pelo Instituto Silent Spring, 56% dos pacotes de sobremesas, como saquinhos de cookies, continham PFCs, assim como 38% das embalagens de sanduíche e 20% das caixinhas de batata frita. Apenas os copos estavam livres dessas substâncias. Para elaborar o estudo, foram investigadas 400 amostras de 27 redes dos EUA.

Ainda segundo a análise, a "Tex-Mex" apresentou os piores resultados. As embalagens da franquia, que mistura as culinárias mexicana e texana, foram as que mais emitiram PFCs.

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