Insetos já são produzidos para consumo na culinária no Brasil
Fez cara de nojo? Pois até a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) classifica o inseto como alimento
O uso de insetos na culinária é comum em países como o México, por exemplo, mas ainda provoca expressões de nojo nos brasileiros. Isso começa a mudar por aqui com a aproximação entre chefs e fornecedores que, até recentemente, só vendiam essa matéria-prima como alimento para animais.
"O inseto não é um substituto das carnes ditas 'normais', e sim mais uma opção alimentar de grande qualidade nutricional, que pode ser incorporada facilmente à dieta regular de toda população", diz Rossano Linassi, professor de gastronomia do Instituto Federal Catarinense, em Camboriú (SC).
Linassi é autor de receitas como macarrão oriental ao mix de insetos e morangos silvestres com chocolate e larvas de moscas. E garante que os bichinhos podem ser usados numa infinidade de pratos, tanto doces quanto salgados.
Prontos para degustação
No Brasil, a produção de insetos ainda é voltada somente à alimentação animal. Não há legislação específica para a produção e comercialização deles para a alimentação humana. Mas, de olho nesse interesse dos profissionais de cozinha, produtores estão se preparando para mudanças de conceito.
Tanto que já produzem insetos com condições para consumo humano. É o caso da Safari Insetos, que tem criadouros em Piracicaba (SP), interior de São Paulo. A Safari cria grilos, baratas e tenébrios, entre outros bichos, seguindo as mesmas exigências sanitárias para animais e humanos.