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Sindicato alerta sociedade para desmonte dos bancos públicos

Mmedidas anunciadas pelo governo Temer nas reformas da Previdência e Trabalhista que agradam bancos e seus acionistas e prejudicam a esmagadora maioria da população

Ello Assessoria & Comunicação

  • 24/02/17
  • 12:00
  • Atualizado há 369 semanas

O Sindicato dos Bancários de Assis e região continua cada vez mais preocupado com as medidas anunciadas pelo governo Temer nas reformas da Previdência e Trabalhista que agradam bancos e seus acionistas - e prejudicam a esmagadora maioria da população.

Afinal, dificultar o acesso à aposentadoria já fez com que a receita com planos de previdência privada subisse ainda mais nas maiores instituições financeiras do país em 2016. Ou permitir a terceirização ilimitada, acabando com empregos e direitos duramente conquistados, que anualmente os patrões tentam derrubar nas campanhas salariais.

O BB financia 61,3% do crédito agrícola no país. A Caixa é responsável por 66,8% do financiamento de imóveis, incluindo o Minha Casa Minha Vida. Atacar o crédito direcionado é atacar os bancos públicos. "Além da extinção de quase 10 mil postos de trabalho em cada um desses bancos, via planos de demissão incentivada, do fechamento de centenas de agências, agora o governo, com a ajuda do Banco Central, investe contra BB e Caixa colocando em risco o

crédito direcionado", critica o presidente do Sindicato, Helio Paiva Matos.

Mas assim como cortes de empregos e fechamento de agências, as medidas que são ruins para os bancários são péssimas para toda população. O crédito habitacional é responsável pela criação de milhões de postos de trabalho. Sem o agrícola, os preços dos alimentos subirão absurdamente. "Esse governo quer acabar com o povo brasileiro, torná-lo escravo dos que têm dinheiro e isso não vamos aceitar", ressalta.

Em nota técnica, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) reforça que tais medidas não servirão para baixar juros, aumentar investimentos e consumo: "ao sinalizar a possibilidade de revisão da política de crédito direcionado, o Banco Central, hoje presidido pelo representante do Itau, atua em sentido contrário a esse objetivo, pois essa política tem propiciado uma das poucas fontes de crédito que ainda irrigam a economia numa conjuntura de grave recessão", conclui.

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