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O Cartão que mudou minha vida

Por Daniel Freitas - O testemunho de um ex-ateu

Daniel Freitas

  • 21/03/17
  • 10:00
  • Atualizado há 370 semanas

Por Daniel Freitas

Apesar de ter nascido numa família extremamente religiosa, sempre fui muito descrente; desde menino fui assim. Apenas por imposição de minha mãe fiz a primeira comunhão e fui crismado, mas depois abandonei tudo e as poucas vezes em que frequentei a Igreja, foi também por exigência dela. Cresci assim, cheio de dúvidas e questionamentos.

Quando atingi a maioridade, com um enorme vazio dentro de mim, comecei a fazer perguntas, para as quais jamais encontrava respostas. Recorri a padres e pastores, que tentavam a todo custo me provar a existência de Deus, sem, contudo, me convencerem com seus argumentos.

Em minha busca desesperada, pude conhecer o engodo de muitos homens que se diziam religiosos, mas que em suas igrejas, usando o nome do mesmo Deus a quem eu buscava, exploravam a fé, a ignorância e até mesmo o sofrimento de muitas pessoas, prometendo a cura, a felicidade e a salvação, mas sempre em troca de dinheiro. Conheci então o mundo enganoso de muitas religiões.

Quantas vezes encontrei minha mãe rezando o terço pela minha conversão; mas para mim, tanto ela, como todas as pessoas que frequentavam a igreja e viviam rezando, não passavam de simples carolas. A única coisa que fiz que coincidiu com o desejo de minha mãe foi ter me casado com uma moça católica, mas assim mesmo, contrariando a vontade de ambas, não me casei no religioso. Contrariando-as de novo, não permiti que meu primeiro filho fosse batizado.

Uma manhã ao me levantar, notei um cartão em cima da mesa da copa e reconheci logo a letrinha de meu filho de oito anos, que saíra cedo para estudar; era o dia de meu aniversário. O que li naquele cartão deixou-me constrangido; nele estava escrito: ¨Parabéns papai, amo você, acima de você somente Deus¨. Naquele instante tive uma reação de ciúmes, não querendo admitir que meu filho pudesse gostar mais de alguém que de mim.

Naquele dia, como de costume fui buscá-lo na escola na hora do almoço e quando ele se aproximava do carro, teve um instante de descuido e não viu outro veículo que vinha em sua direção e ouvi então uma freada brusca e vi quando ele caiu. Corri ao seu encontro e percebi que ele não havia sido atingido, mas vi também que o homem que dirigia o carro chorava copiosamente debruçado sobre o volante; aproximei-me dele e lhe disse.

- Fique calmo, meu filho esta bem, você brecou na hora e não o atropelou.

- O meu carro não tem breque e por isto eu o estou levando à oficina, pisei nele instintivamente, mas foi a mão de Deus que o fez funcionar para salvar a vida de seu filho - disse-me o homem.

Foi o dia de minha conversão, do meu encontro com o Deus que eu só havia procurado onde ele não se encontrava e que se revelou a mim através de meu filho, de um cartão, daquele motorista e de um carro sem freios.

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