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Trabalhadores lotam anfiteatro da OAB para discutir a Reforma da Previdência

Projeto privilegia bancos privados, e apenas prioriza a questão financeira do Estado

Assessoria de Imprensa

  • 24/03/17
  • 17:00
  • Atualizado há 369 semanas

O anfiteatro da OAB de Assis ficou tomado por trabalhadores de diversas categorias na noite desta quinta-feira, 23, para ouvirem atentamente as explicações do deputado federal Valmir Prascidelli, membro da Comissão da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Com sua posição contrária à Reforma da Previdência, o deputado esclareceu dúvidas da platéia e discutiu as medidas propostas prejudiciais ao trabalhador brasileiro.

"Nós temos uma Previdência Solidária no Brasil que chamamos de pacto de gerações ou colchão social que permite minimamente diminuir a desigualdade social. Essa reforma é um verdadeiro desmonte desse colchão social que dá subsistência à muitas famílias carentes. Além disso, vai gerar um impacto negativo na economia dos municípios, principalmente àqueles em que existir um número maior de aposentados. Outra questão é que temos um Brasil gigante com diferenças regionais e de expectativas de vida distintas", ressaltou Pascidelli.

O deputado também abordou que este projeto privilegia os bancos privados, e apenas prioriza a questão financeira do Estado, e não enxerga o impacto social que será gerado se for aprovado. "É necessária essa mobilização da população para pressionar os deputados a votarem em sintonia com o que a maioria quer. Continuem fazendo debates e esclarecendo as dúvidas de todos, tragam também deputados que são a favor da reforma e os indaguem", disse.

Para ele, o projeto da Reforma da Previdência não irá passar, tanto que o Governo está cada dia alterando com novas emendas como a retirada de algumas categorias para ganhar apoio. "Hoje existem mais de 160 emendas a esse projeto apresentadas pelos deputados. Nossa posição é totalmente contrária ao projeto", afirmou.

Prascidelli aproveitou para falar da sua preocupação com o projeto da Terceirização que foi aprovado pela Câmara dos Deputados essa semana e que pode piorar a vida dos brasileiros. "Esse projeto da Reforma Trabalhista me preocupa ainda mais, pois certos avanços no país não podem prejudicar a vida das pessoas, principalmente dos mais pobres com a justificativa de fomentar a economia brasileira. Sabemos que não se promove crescimento econômico dessa forma", desabafou.

A avaliação das entidades que organizaram o debate foi positiva. O grupo pretende fazer uma mobilização no comércio local no dia 1º de abril. Fazem parte do movimento as entidades contrárias a Reforma da Previdência: Sincomerciários, Sindicato dos Bancários, Apeoesp, Adunesp, Sindicato dos Servidores Municipais de Assis, Sintunesp, Sindicato dos trabalhadores Rurais de Assis, OAB-Assis, Servidores do Judiciário de Assis e Região, Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Assis, Sindicato dos Investigadores de Polícia de Assis, Sindicato Rural de Cândido Mota e Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Cândido Mota.

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