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Promotoria apura velório na Câmara de morto pela PF após assaltos em caixas eletrônicos

A razão alegada é o fato de o falecido ser primo da prefeita da cidade de Sandovalina-SP

Redação AssisCity.com

  • 11/04/17
  • 11:00
  • Atualizado há 367 semanas

A Promotoria de Justiça de Pirapozinho apura as motivações que levaram à realização do velório de Ariel Lima de Campos, de 23 anos, nas dependências da Câmara Municipal de Sandovalina. De acordo com o Portal G1.com, na segunda-feira, 10, foi encaminhada à Promotoria uma representação da Polícia Federal de Presidente Prudente para que seja instaurada uma investigação no intuito de apurar a prática de ato de improbidade administrativa no episódio.

O rapaz, que é primo da prefeita Amanda Lima de Oliveira (DEM), foi morto na sexta-feira (7), em um confronto entre policiais federais e suspeitos de roubos a bancos nos estados de São Paulo, incluindo a explosão ocorrida em agências de Cruzália, e no Estado do Paraná. O sepultamento foi no domingo (9), no Cemitério Municipal de Sandovalina.

O documento, assinado pelo delegado Eder Rosa de Magalhães, relata as circunstâncias da morte de Ariel Lima de Campos, citando-o como "um dos assaltantes que veio a óbito ao reagir à ação policial" e que ele "seria primo da prefeita de Sandovalina, sendo que o respectivo velório, por mais estranho que possa parecer, teria sido realizado na Câmara Municipal do referido município", diz a representação da PF.

Com os fatos, o delegado representou para que seja instaurada a investigação para "apurar a prática de ato de improbidade por parte da presidente da Câmara Municipal de Sandovalina, haja vista que, salvo juízo mais abalizado, o velório em um prédio público de um criminoso que morreu em confronto direto com policiais atenta contra os princípios elementares da Administração Pública, configurando, por conseguinte, o ato de improbidade administrativa".

O outro lado

De acordo com a presidente da Câmara Municipal, Jaqueline Sanfelix (PSDB), "todos os velórios na cidade são realizados na Câmara". Segundo a vereadora relatou, o Município tem uma casa específica para a finalidade, mas fica dentro do Cemitério e não é usada. Só uma vez, há muito tempo, um senhor foi velado lá, porque não tinha família aqui [em Sandovalina>", disse.

A presidente da Câmara não soube dizer o porquê de os velórios não serem realizados no local específico. Quando alguém morre na cidade, é solicitado o espaço e uma pessoa específica cuida para que haja a realização do velório na Câmara, segundo relatou, ainda, a vereadora. Sobre os esclarecimentos solicitados pela Promotoria de Justiça, Sanfelix declarou que repassará os documentos ao seu advogado.

Câmara Municipal de Sandovalina

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