Não foi o destino o culpado
nem foi Deus o errado
apenas chegou a hora
de despedirmos nossas almas
de tocár-mos nossos sonhos
e revestí-los de plumas novas...
Não me atrevo dizer até mais
talvez o adeus seja mais preciso
aos sons e as palavras que um dia
fizeram brilhar nossos olhos,
revestindo nossas vidas de paz
uma paz que hoje caminha
em algum lugar do mundo
a procura de quem a pertencera um dia...
E continuam ensaiando as ilusões
neste salão de luzes coloridas
continuam sorrindo as horas
enquanto os minutos choram...
Não sei se devo olhar para trás
talvez um passo me faça ouvir um novo som
ou descobrir um novo rítmo,
enquanto isso continuo caminhando
porque será sempre o maior dos intermédios
é a razão que vai prevalecer
a razão absoluta
contraditória de nossos corpos, de nossas vidas
mas que simplesmente necessitam voltar para casa...