Greve Geral mobiliza centenas de assisenses
A manifestação foi convocada por movimentos sociais e entidades sindicais
A manifestação contra as reformas da Previdência e Trabalhista, denominada Greve Geral em quase todos os municípios do Brasil, também está sendo realizada em Assis, onde diversos sindicados, servidores públicos e estudantes participam do movimento, que teve início às 7h, na Universidade Estadual Paulista (UNESP) e seguiu para à Praça Dom Pedro II, a Praça da Catedral do Sagrado Coração de Jesus, de onde saiu para outros pontos previamente organizados pelos manifestantes.
O Policiamento Militar estimou que às 9h, em torno de 200 pessoas estavam na Praça da Catedral durante a mobilização.
Hélio Matos, presidente do Sindicato dos Bancários de Assis e Região, e Silvio Freitas, diretor do referido Sindicato falam sobre a manifestação.
"O movimento aqui em Assis está juntando mais de 20 categorias, que estão insatisfeitos com a Terceirização, com a Reforma Trabalhista; de um governo que quer se impor, que não foi eleito pelo povo. Este governo foi feito para os banqueiros, latifundiários, só a luta nos garante, vamos à luta, companheiro", convoca Hélio.
"Vejo a paralisação como uma forma de protestar contra os desmontes deste governo; em resumo estamos aqui para lutar contra à precarização dos trabalhadores", afirma Silvio.
Os professores Marcelo Barbosa e Luciana Mendonça afirmaram que se sentem preocupados com as medidas do Governo Federal e se preocupam com o futuro de seus alunos.
"Estes assuntos são pouco debatidos; o governo está impondo medidas de cima para baixo; acredito que tudo isso deveria ser discutido com a população, através de referendos e plebiscitos. Acredito que a Reforma da Previdência, por exemplo, não leva em consideração a expectativa de vida de cada estado, haja vista que existem grandes diferenças de um estado para o outro", opina Marcelo.
"Vejo que a manifestação não é um ato partidário, é uma luta por nossos direitos. Tiro como exemplo os meus alunos, que não querem sub-empregos, serem terceirizados. A minha preocupação é com a aposentadoria dos meus alunos, me emociona a preocupação e a luta deles, que afirmaram aos pais que estão faltando da aula para lutar por seus direitos", diz Luciana.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Municipais de Assis e Região, Paulo César Tito, afirma que a movimentação do ato está de acordo com a expectativa dos organizadores e que muitos servidores municipais estão aderindo.
"Os servidores municipais estão aderindo, temos que gritar e muito forte contra estas medidas do Governo Federal; a luta é grande, somos um pedaço pequeno de toda a mobilização no País, mas devemos lutar. Se estas medidas forem aprovadas, o desemprego continuará, viveremos em trabalhos precários", salienta.
O servidor estadual, Alexandre da Silva Senno, se preocupa com o futuro de seus filhos e de netos que eventualmente poderá ter. "Devemos nos preocupar com o futuro dos nossos filhos e netos, que ainda não tenho, mas falo isso de forma geral; está em jogo o nosso direito de aposentar", ressalta.
Os manifestantes devem percorrer trechos da Avenida Rui Barbosa, depois se concentram em frente ao Hospital Regional e no Fórum. Ao longo do dia, os manifestantes devem se mobilizar na cidade vizinha, Cândido Mota.
O Polícia Militar (PM) acompanha a Greve Geral e está interditando trechos de ruas e avenidas que os manifestantes estão percorrendo, e libera após a passagem do ato.
As entidades participantes da movimentação são Sincomerciários, Sindicato dos Bancários, Apeoesp, Adunesp, Sindicato dos Servidores Municipais de Assis, Sintunesp, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Assis, OAB-Assis, servidores do Judiciário de Assis e Região, Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Assis, Sindicato dos Investigadores de Polícia de Assis, SindSaúde, Sindicato Rural de Cândido Mota e Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Cândido Mota.
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