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Novas configurações de família levam escolas a buscar comemorações alternativas

Datas comemorativas como essa têm desafiado cada vez mais as escolas sobre como lidar com diferentes situações

Assessoria

  • 10/05/17
  • 19:00
  • Atualizado há 357 semanas

No próximo domingo, dia 14 de maio, se comemora o Dia das Mães. E durante essa semana, muitas escolas já devem estar preparadas para celebrar a data, com algum tipo de apresentação dos alunos e a entrega de presentes desenvolvidos pelas próprias crianças. No entanto, datas comemorativas como essa têm desafiado cada vez mais as escolas sobre como lidar com diferentes situações, especialmente nos dias atuais.

"Não só pelo fato de algumas crianças não terem a presença da mãe ou pai em seu dia a dia, mas também porque a configuração das famílias vem mudando substancialmente nos últimos anos", diz a pedagoga Regina Trinca, do Ético Sistema de Ensino. "Os papeis tradicionais exercidos por cada membro também não são mais os mesmos. Isso sem mencionar as crianças órfãs, criadas por outros parentes ou que não têm mãe porque a ela sumiu ou morreu", completa.

Porém, acabar com essas comemorações pode trazer desapontamentos aos pais e acabar gerando outros conflitos. "Muitas vezes, os pais se ressentem por não ter uma comemoração focada em suas figuras", avalia Regina. Ela sugere, então, que as escolas busquem parceria com as famílias realizando um trabalho pedagógico e social coerente e contínuo, que seja desvinculado de tais datas meramente comerciais.

O Dia da Família tem sido uma alternativa já em algumas escolas. A ideia é unir duas comemorações e chamar para dentro do ambiente escolar não apenas os pais, mas as pessoas que cuidam e se importam com a vida da criança. Além disso, o evento tem o positivo efeito de incluir as famílias que fogem do padrão e celebrar suas diferenças sem constrangimentos. "A sociedade está em constante mutação e só sobreviveremos se nos adaptarmos a elas", conclui a pedagoga do Ético Sistema de Ensino.

De acordo com a diretora do colégio Instituto Mairiporã, as crianças nessa situação já são preparadas para essas ocasiões. "Nós trabalhamos a figura da mãe como a pessoa que cuida dela, que pode ser uma tia, a avó ou o próprio pai, por exemplo. Mas, se a criança que perdeu sua mãe ainda a tem como referência e quer a ela homenagear, ótimo", conta Célia Alvarenga Lasso.

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