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"Rede de Proteção" fala de violência contra deficientes

Seminário fortalece ações na proteção dos direitos à criança e ao adolescente com deficiência

Assessoria de Comunicação FEMA

  • 15/05/17
  • 13:00
  • Atualizado há 357 semanas

Na sexta-feira, dia 12 de maio, mais uma vez a FEMA sediou encontro da "Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes com Deficiência", ação promovida pela APAE e pelo CONDECA, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente.

O foco desse novo ciclo de debates foi violência. Na palestra "Violência Contra Crianças e Adolescentes com Deficiência - Prevenção e Enfrentamento", a doutora Rita de Cássia Kileber Barbosa trouxe uma ampla visão sobre o tema, a definição do que é violência, os tipos e como tratá-las dentro da sociedade.

"Violência não é um ato isolado. Ela também está ligada à política, economia, cultura, psicologia", explica. "É importante discutir o tema e identificar os tipos de violência contra a criança com deficiência, como a negligência, a psicológica, a física e a sexual".

Na avaliação de Rita Barbosa, o combate a essas questões passa por uma sociedade mais inclusiva. "Quando está incluída socialmente, é pouco provável que a criança sofra violência, pois está sob os olhares da família, da instituição, da escola. A rede de proteção é fundamental porque permite a construção dessa sociedade inclusiva".

Integrante do Conselho Municipal de Educação, a professora da FEMA, Maria Beatriz Nascimento, ressalta que essa discussão deve envolver diversos setores sociais.

"A violência contra criança e adolescente com deficiência está presente em vários contextos, no social e também no educacional. As entidades, as diversas representações precisam estar juntas e se mobilizarem para prevenir e diminuir os casos".

O Poder Legislativo de Assis também acompanha de perto essa realidade. À convite da vereadora Professora Dedé, vice-diretora da FEMA, a Câmara Municipal integra a Rede de Proteção nas ações de formação e articulação desenvolvidas com especial atenção às áreas de saúde, educação, assistência social, justiça e segurança pública.

"É uma rede bastante ampla. Queremos proporcionar uma melhor qualidade de vida, no que se refere não somente à saúde, mas também à questão de inclusão social, do combate à violência, da promoção de justiça", explica a professora Dedé, uma das principais incentivadoras do projeto.

Primeiro encontro

No final de março, a "Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes com Deficiência" promoveu o encontro inaugural, também na FEMA.

Nessa reunião, Marco Aurélio Teixeira de Queiroz, psicólogo e membro da APAE de São Paulo, ministrou palestra sobre a realidade enfrentada pelos portadores de deficiência e de que forma dar assistência a esse público.

"Entendemos que a pessoa com deficiência ocupa um lugar social mais vulnerável e por isso mais suscetível a sofrer mais violações de direito", disse o psicólogo. "Se uma pessoa com deficiência, por exemplo, não tiver uma cadeira de rodas para se locomover e uma calçada adequada para isso, ela não tem o mesmo direito que a maioria".

A Rede de Proteção está vinculada a APAE de São Paulo e envolve 12 cidades, dentre elas Assis.

O projeto tem como objetivo criar um espaço de formação e articulação das redes locais na busca de prevenir e enfrentar a violência e violações de direito contra a pessoa com deficiência. Novos encontros estão previstos para acontecer ao longo do segundo semestre.

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