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Jovem de 21 anos sofre com câncer no hospital à espera de resultado de exame para iniciar tratamento

Gabriela Camargo está internada no Hospital Regional de Assis

Redação AssisCity/ Fotos: Divulgação

  • 17/05/17
  • 18:00
  • Atualizado há 358 semanas

A triste história de Gabriela Camargo, de apenas 21 anos, começou no final do ano passado, quando a jovem procurou a UPA de Assis sentindo fortes dores abdominais. De acordo com seu marido, Guilherme Ferreira Vasconcelos, em sua primeira passagem pelo médico, a suspeita era de pedra no rim.

"Ela reclamava de dores muito fortes e procuramos a UPA. O diagnóstico foi de pedra no rim, passaram a medicação e voltamos para casa. Alguns meses depois, em março, ela estava dormindo e deu um forte pulo de dor, perto da virilha. Fomos todos os dias na UPA, mas ninguém pediu um ultrassom ou um raio-X para saber o que estava acontecendo. A suspeita era de pedra no rim ou vesícula, e uma das médicas chegou a dizer que se tratava de uma infecção urinária e que era para ela tomar a medicação e aguardar o efeito", afirma.

Depois de idas e vindas, Gabriela conseguiu agendar uma cirurgia na Santa Casa de Misericórdia de Assis no dia 17 de março, e durante o procedimento foi constatado que ela estava com um grave tumor.

"Ela foi internada com suspeita de apendicite quando foi fazer a cirurgia. Quando o médico abriu, viu que se tratava de um tumor de 19 centímetros e 900 gramas. Foi preciso retirar o ovário, o apêndice e a trompa direita. Ela fez a cirurgia e teve alta no dia seguinte, mas o material precisava ser enviado para análise. O próprio médico que operou a Gabriela enviou o material para fazer a biópsia, que constatou neoplasia maligna com metástase no omento e no véu intestinal", explica.

Diante desse resultado, o material foi enviado para novos exames para a Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP). A família aguarda o resultado deste exame o qual pode salvar a vida de Gabriela, pois o tratamento só pode ter início após esta exame.

"Ela está internada no Hospital Regional, mas não pode receber nenhum tratamento específico antes do resultado do exame chamado imuno-histoquímico. Sem esse resultado, não é possível administrar a medicação, pois um medicamento errado e que não seja específico para o caso dela pode matá-la. O problema é que o material demorou para chegar na FOSP e a previsão é que o resultado só saia no dia 24 de maio, semana que vem, pois demoraram muito para mandar o exame", salienta.

Gabriela está respirando com a ajuda de aparelhos e tomando doses altas de medicamento para aliviar a dor.

"Ela já está com 20 miligramas de morfina, de três em três horas, juntamente com dipirona e outros remédios para náusea. Ela toma água, que é transparente, e vomita escuro e estamos desesperados pela situação dela", diz.

Guilherme disse que tentou encaminhamento para outros hospitais, como em Jaú e Barretos.

"Jaú negou o pedido de transferência dela e aguardamos uma resposta de Barretos até sexta-feira. Entrei em contato com a Prefeitura de Assis, a Secretaria da Saúde, o Ministério Público, tudo para conseguir salvar a vida da Gabriela. O quadro dela está se agravando a cada dia e não sabemos mais o que fazer", acrescenta.

A equipe de reportagem conversou por telefone com o pai de Gabriela. Ele mora em Santa Catarina e deve chegar em Assis na manhã desta quinta-feira, 18.

"Eu estive em Assis, mas precisei voltar para casa, pois aqui é o meu ganha pão. Mas estou abandonando tudo aqui para cuidar da minha filha e chego amanhã cedo. Se for preciso, eu vou me acorrentar na frente do hospital para que a situação da minha filha seja resolvida", disse o pai emocionado.

"Vamos fazer de tudo para que a Gabriela fique bem até o início do tratamento. Até o momento ela não fez nenhuma radioterapia ou quimioterapia, porque aguarda o resultado de um exame", conclui Guilherme.

A equipe do AssisCity entrou em contato com a diretora do HRA, Lenilda Ramos, que nãoquis se manifestar sobre o caso. Após esse contato, o AssisCity solicitou uma nota de esclarecimento, via e-mail, à Assessoria de Imprensa do Hospital Regional, mas até o momento não obteve resposta.

Gabriela Camargo

Guilherme Ferreira Vasconcelos

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