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Ministério da Saúde lança campanha para incentivar doação de sangue

Campanha tem como objetivo reafirmar a importância do ato e incentivar novos voluntários

Redação Folha do Povo

  • 17/06/17
  • 08:00
  • Atualizado há 353 semanas

Reforçar a importância da doação, sensibilizar novos voluntários e fidelizar doadores existentes são os objetivos da Campanha Nacional de Doação de Sangue de 2017. Com o Slogan "Doe Sangue regularmente e ajude a quem precisa", a campanha foi lançada nesta quarta-feira, Dia Mundial do Doador de Sangue.

No Brasil, cerca de 3,5 milhões de pessoas realizam transfusão de sangue. Ao todo, existem no país 27 hemocentros coordenadores e 500 serviços de coleta. Atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) - de pelo menos 1% da população - o Ministério da Saúde tem trabalhado para aumentar a taxa.

A expectativa para este ano é reforçar a importância dessa atitude. Para isso, a campanha, que começa a ser veiculada a partir desta quarta-feira (14), contará com jingle, vídeo e peças para redes sociais, além da distribuição de material gráfico nos estabelecimentos de saúde de todo país.

No mês de junho, o Ministério da Saúde vem identificando uma modificação da rotina dos doadores de sangue, em decorrência das proximidades com as férias escolares, dos feriados de São João e mudança de estação. Tudo isso tem ocasionado uma baixa nos estoques de sangue no Brasil. A campanha visa uma mudança desse cenário, incentivado e fortalecendo a doação de sangue no país.

O perfil dos doadores de sangue se mantém estável ao longo dos últimos anos. Do total de doadores, 60% são do sexo masculino e 40% do sexo feminino. O maior percentual está na faixa etária a partir dos 29 anos, com 58% do total dos doadores, enquanto as pessoas de 16 a 29 anos representam 42%.

Condições para doar

No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia, é imprescindível levar documento de identidade com foto.

A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres. A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independente de parentesco com o doador. É importante lembrar que o sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como a Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que, frequentemente, necessitam de transfusão.

O Brasil é referência em doação de sangue na América Latina, Caribe e África. Desde 2009, a experiência brasileira é utilizada em cooperações técnicas com mais de 10 países para o fortalecimento e desenvolvimento da promoção da doação voluntária de sangue, qualificação da atenção integral à pessoa com Doença Falciforme e aperfeiçoamento da produção de hemocomponentes. Honduras, El Salvador e República Dominicana são exemplos de parceiros em projetos para o fortalecimento da doação voluntária de sangue.

Em 2016, o Ministério da Saúde, investiu mais de R$ 1 bilhão na rede de sangue e hemoderivados (hemorrede). Os recursos foram destinados ao fortalecimento da rede nacional do SUS para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da Hemorrede, além do fornecimento de medicamentos de alto custo a pacientes. Os investimentos incluem ainda a qualificação dos programas de atenção integral à pessoa com Doença Falciforme e aperfeiçoamento da produção de hemocomponentes.

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