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Projeto da UNESP objetiva preservar a memória do Departamento de Literatura

O projeto propiciará a participação da comunidade universitária e da população externa

Divulgação - Welliton Augusto Soares

  • 18/08/17
  • 12:00
  • Atualizado há 344 semanas

O Projeto de Extensão "Memória da Unesp-Docentes- Publicações: Prof. Fernando

Mendonça no Suplemento Literário de O Estado de São Paulo (1963-72),em andamento, sob a

coordenação da Profa. Rosane Gazolla Alves Feitosa, Letras/Departamento de Literatura, e com participação efetiva do discente Welliton Augusto Soares, Letras/6ºsemestre, tem o objetivo de facilitar o acesso à memória do Curso de Letras e do Departamento de Literatura.

O projeto busca resgatar e divulgar as publicações do docente português, Fernando Mendonça (1918-2002), no Suplemento Literário de O Estado de São Paulo, no período de 1963 a 1972; elaborar uma coletânea com os textos integrais digitalizados, disponibilizá-los no site do Cedap (Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa), assim como busca integrar-se com a comunidade externa, alunos e professores da EE. Prof. Ernani Rodrigues; (Vila Xavier -

Assis/SP).

Fernando Manuel de Mendonça chega ao Brasil para ser professor junto ao Departamento

de Letras Vernáculas, da primeira Faculdade de Letras do interior do Estado de São Paulo, a

FAFIA, em 1962, atual, Faculdade de Ciências e Letras/Unesp Assis. Trouxe novos ares da

Literatura Portuguesa contemporânea, com o vigor e a perspicácia crítica herdadas do professor responsável pela nova direção dada aos estudos portugueses no Brasil, Fidelino de Figueiredo (1888-1967), docente na USP- Universidade de São Paulo e pelo seu aluno e discípulo, prof. Antonio Soares Amora (1917-1999), primeiro diretor da FAFIA, do qual Mendonça se declarava admirador.

O professor desempenhou um papel importante na formação de professores do ensino

superior do interior paulista, na produção crítica e na divulgação da produção intelectual da área de Literatura Portuguesa da atual FCL- Assis. Possui diversos livros publicados acerca das letras portuguesas. Exerceu a crítica literária na revista Colóquio/Letras, publicada pela Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa, e no Suplemento Literário de O Estado de São Paulo (1963-1972).

O Suplemento Literário (1956-1974), corpus de nosso Projeto de Extensão, foi idealizado

por Antonio Candido de Mello e Souza, em 1956 e dirigido durante dez anos por Décio de

Almeida Prado, visava à publicação independente, artística e literária, durante a ditadura militar e transformações tecnológicas. O Suplemento tornou-se um espaço de reflexão intelectual e de divulgação de autores novos e consagrados, uma espécie de revista flexível que chegava tanto ao leitor médio quanto ao leitor de nível elevado, um espaço que permitia a variação de nomes e temas.

Em sua parte fixa, foi composto de oito seções que possibilitaram a criação de hábitos literários e que colocou o leitor em contato com o pensamento literário.

Fernando Manuel de Mendonça colaborou e enriqueceu as páginas do Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo durante o período de 1963 a 1972 na seção Letras Estrangeiras, particularmente no exercício da crítica literária, na subseção Literatura Portuguesa, área em que o professor dominava com maestria.

As atividades de resgate das publicações estão sendo realizadas no espaço físico do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (Cedap). O periódico é disponibilizado em formato microfilme. Os textos estão sendo digitalizados e o acesso a eles estará disponível, futuramente, no site do Cedap, por meio de fichas catalográficas. Até o presente momento, foram contabilizadas 34 publicações, no período de 1963 a 1968. Após a elaboração da coletânea com os textos, será feita uma triagem e serão selecionados textos que poderão agregar valor ao ensino de literatura no ensino médio, especificamente, na Escola Estadual Prof. Ernani Rodrigues, como também democratizar o acesso a essas publicações em nossa Unidade acadêmica.

O projeto propiciará a participação da comunidade universitária e da população externa,

integrando o ensino e a pesquisa com as demandas da sociedade. Uma via de mão dupla que

possibilitará o resgate da memória de um intelectual cuja obra merece atenção, e permitirá que ela seja utilizada com sabedoria, no desenvolvimento da cidadania plena.

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