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VIII Festival da Palavra é realizado na UNESP de Assis

O evento foi promovido em parceria com o projeto Chama Poética, coordenado por Fernanda Almeida Prado, e apoio do SESC São Paulo

Divulgação/Unesp

  • 03/11/17
  • 15:00
  • Atualizado há 337 semanas

Nos dias 18 e 19 de outubro foi realizado na Faculdade de Ciências e Letras de Assis/UNESP, o VIII Festival da Palavra, promovido em parceria com o projeto Chama Poética, coordenado por Fernanda Almeida Prado, e apoio do SESC São Paulo.

A vice-diretora do campus e também coordenadora do evento, Cátia Inês Negrão Berlini de Andrade, relatou que a versão de 2017 recebeu o título "Palavra Caleidoscópio" e se dedicou a homenagear o professor Antonio Cândido, falecido em maio deste ano. Além dessa homenagem, o Festival proporcionou uma imersão em incursão nas veredas poéticas de Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Monteiro Lobato e Nietzsche.

Referindo-se ao Festival, diz a professora Cátia: "...nesse caleidoscópio de palavras e culturas também foram apresentados shows em que várias canções, verdadeiros poemas cantados, embalaram nossos dias . Atividades como esta são sempre necessárias e bem-vindas para refletirmos sobre a importância da palavra, da poesia e das artes nesse "caleidoscópio sem lógica" no qual vivemos nos tempos atuais" .

Na abertura do evento, a professora Sandra Ferreira disse: "...o numeral da edição já mostra a tradição desse evento que apresenta um momento de convergência cultural, de boa música, de boas declamações, de convívio com pessoas interessadas em arte e cultura. Tudo isso aliado às participações especialíssimas dos convidados que Fernanda Prado trouxe para cá."

O sarau "O Direito à Literatura", título homônimo do texto que Cândido publicou em 1988, abriu o primeiro dia do Festival. Organizado pela professora Sandra, o sarau aberto teve o privilégio da participação do professor Antonio Lázaro de Almeida Prado, de alunos e demais professores da Faculdade, como Cátia Berlini de Andrade, Cláudia Binato, Tereza Augusta Marques Porto, Marco Antônio D. Sant'Anna e Paulo Martinez.

A homenagem a Antonio Cândido se deu, além de tantos outros motivos, pelo orgulho da comunidade unespiana por sua atuação, em 1958, como professor da disciplina Literatura Brasileira na então recém-criada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, que ajudou a criar, juntamente com outros intelectuais e amigos, como o professor Almeida Prado.

Logo após, no palco do Restaurante Universitário, alunos fizeram apresentações artísticas, expondo poesias, desenhos, fotos, entre outras manifestações. No período da tarde, aulas-show foram ministradas por professoras da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), do campus de Três Lagoas. A professora Amaya Obato Mouriño discorreu sobre o tema "100 anos de Saci Pererê, o inquérito de Monteiro Lobato" e a professora Cristiane Rodrigues abordou "A poética de Mário de Andrade".

À noite, no salão de atos, ocorreu outra aula-show, ministrada pelo professor da UNESP de Araraquara, José Pedro Antunes, que tratou do tema "João Guimaraes Rosa: O sertão que é o mundo".

Na sequência, houve a "Contação de Estórias de Guimarães Rosa" com a participação de Ana Flávia de Almeida. Por fim, a apresentação musical da Banda "Samuca e a Selva", com canções como Guará e Flores Raras.

No segundo dia do Festival, pela manhã, um outro sarau aberto foi organizado pelos alunos Nayara Krause, Valéria Piemonte, Allan Diego de Souza, Janaina Sales, Guilherme Magri, Fernanda Souza, Beatriz Cardoso, Bárbara Frasson, Luís Márcio Silva, Bruna Domingues, Giovana Vomero, e outros.

À tarde, os artistas Cris Miguel e Danilo Tomic apresentaram a peça "Sanfona Velha do fole furado" e depois participaram da "Conversa" com o artista plástico André Melo. Ainda no período vespertino, o professor Francisco Claudio Alves Marques, do Departamento de Letras Modernas de Assis, palestrou sobre "Os Acordes dissonantes de Juó Bananaére nos Frementes Andos da Belle Époque Paulista".

Já, no período da noite, após a apresentação do monólogo "Assim falava Zaratrusta", com o artista Alberto Eloy, abrilhantou o evento a cantora portuguesa Sandra Fidalgo, declamando poemas e executando canções portuguesas. Sandra Fidalgo fez também uma linda homenagem ao professor Almeida Prado, musicando um de seus poemas. No encerramento, a apresentação da Chama Poética, com o talento de Gabriel de Almeida Prado.

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