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Materiais absorvíveis para fraturas ósseas

  • 07/07/14
  • 10:00
  • Atualizado há 507 semanas

Alguns casos de fraturas em ossos não basta engessar o membro quebrado, é preciso cirurgias para colocar o osso no local e na posição adequada, muitas vezes unindo as partes quebradas dos ossos permitindo o crescimento de novas células osteogênicas, recuperando assim a lesão, em outros casos é preciso substituir a parte danificada do osso. Nessas cirurgias é comum o uso de placas, hastes, parafusos, porcas e até pregos cirúrgicos, que podem ser usadas em conjunto ou individualmente, dependendo do tipo da lesão óssea, podendo também, permanecerem fixados no osso por anos ou retirados após a recuperação por meio de uma nova cirurgia.

Os parafusos normalmente utilizados nessas cirurgias são metálicos de titânio ou de aço, dificultando a implementação desses materiais por sua rigidez, podendo também serem incômodos, podem gerar sensibilidade ao frio ou infecções. Para evitar as infecções, o incômodoe outras cirurgias, engenheiros médicos da Univresidade de Tufts e do Centro Médico Beth Israel Deaconess, nos Estados Unidos, criaram parafusos totalmente feitos com seda para o tratamento de fraturas.

Para criar esses parafusos foi preenchido um molde com proteínas retiradas dos casulos do bicho-da-seda, obtendo-se rigidez e composição parecidas com a do osso, podendo assim não ser tão incômodo para o paciente e esse material pode ser absorvido pelo organismo, evitando novas cirurgias para a sua retirada. Porém, ainda estão na fase de testes, 28 parafusos de seda foram implantados em seis ratos e foi observado que entre quatro e oito semanas os parafusos já começaram a se dissolver.

A seda foi escolida por já ser utilisada em suturas e em implantes metálicos, revestimento e próteses para diminuir a dor causada por este.

Atualmente, já existem placas, membranas, parafusos, porcas, pregos e suturas feitos com materiais bioabsorvíveis, que podem ser absorvidos em meses ou até três anos. Esses materiais são feitos de polímeros de PLA (polilático) produzidos com ácido lático, que pode ser produzido e absorvido pelo corpo. Os materiais bioabsorvíveis ainda são caros perto dos metálicos, mas poderiam reduzir os milhões gastos todos os anos com cirurgias para remover os implantes. Outro lado positivo é que esses implantes ao se degradarem estimulam o processo curativo do tecido ósseo.

*Por Helena Jorge Mota

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