Chocolate ajuda a curar pé na bunda, mas pode causar dependência

O cara que você mais gostou na vida acaba de te dar um fora. Aquele moço com quem saiu na noite passada sequer te ligou. Ou há muito tempo você não encontra um cara bacana para ficar. Qualquer uma dessas situações e outros tantos problemas amorosos quase sempre são curados de uma maneira supercomum: se acabando no chocolate.

É fácil saber o motivo. "O açúcar estimula a produção de serotonina, uma substância ligada à sensação de prazer. Por isso, com o consumo do chocolate acontece uma grande impressão de alívio para a depressão, angústia e ansiedade. Além desse fator químico, há também o psicológico. Quando um neném chora, seja pelo motivo que for, a mãe costuma dar o que comer. Portanto, somos acostumados desde pequenos a compensar qualquer dor com comida", explica a psicóloga Yara Daros, que trabalha com reeducação alimentar e tratamentos para compulsão.

O problema é que isso gera um círculo vicioso. Quando a sensação de alívio após comer um doce passa, a tendência é que a pessoa procure novamente por aquele prazer, comendo mais e mais. "Chocolate vicia. Você percebe que está dependente dele quando começa a notar os excessos. As doses vão aumentando, algumas pessoas passam a comer escondidas e ocorre aumento de peso, o que caracteriza o distúrbio obsessivo compulsivo", alerta a especialista.

A dica para enfrentar os momentos de tristeza sem cair na tentação é evitar a primeira mordida e procurar se conhecer e entender que a carência afetiva pode acabar de outras maneiras. Afinal, tem muito homem por aí para que a gente estrague nossa saúde por apenas um deles.