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Aplicativo que permite aos deficientes visuais navegarem na internet é apresentado em Assis

O "Web Sonora" foi apresentado no Instituto Oftalmológico de Assis, no último sábado (26). Assessoria Gaped

Assessoria

  • 28/07/14
  • 15:00
  • Atualizado há 508 semanas

Um aplicativo para celulares e tablets com o sistema operacional android permite ao deficiente visual navegar pela internet e, até mesmo, fazer postagens na rede social "twitter", por meio do comando de voz. É o "Web Sonora". O projeto, que já está disponível para download no "play store", foi desenvolvido pelo professor, pesquisador e doutorando em educação especial, Gilson Aparecido Castadelli, em parceria com o mestre em ciências da computação, professor Guilherme Orlandiri, ambos de Ourinhos/SP.

Segundo Castadelli, o trabalho levou cinco anos para ser desenvolvido. A questão tecnológica foi a principal dificuldade na execução do projeto. "Apesar de termos tido a idéia há cinco anos, não tínhamos tecnologia que possibilitasse a construção disso. Então tivemos que vencer uma série de barreiras e criamos uma série de situações para simular o que nós queríamos", ressaltou.

O aplicativo se baseia em três funcionalidades: a biblioteca sonora, a net sonora e postagens no twitter, como explica o professor Guilherme. "A primeira funcionalidade se chama 'Wiki Sonora' e funciona como uma enciclopédia sonora. A idéia é que você pergunte sobre um determinado termo e o aplicativo retorne isso em áudio. A segunda funcionalidade é a 'Net Sonora', que são sites sonoros, onde as pessoas podem criar um site somente com textos, que serão ouvidos pelo aplicativo. E a terceira é a funcionalidade de interação com o twitter. Tem um determinado local onde elas podem postar os textos utilizando somente voz", explicou.

O "Web Sonora" foi apresentado no último sábado, 26, no Instituto Oftalmológico de Assis, em um evento que contou com a participação de cerca de 40 deficientes que fazem parte da Associação de Amigos e Deficientes Visuais de Assis e Região (Adevar), cujo o presidente é o médico oftalmologista, Eduardo Andreghetti. A historiadora e professora de informática adaptada, Lisandra Correa, que tem deficiência total da visão, já utiliza o aplicativo aprova a idéia. "Só tenho a elogiar esse programa. Até um tempo atrás era muito difícil você pensar em deficiência visual, informática e tecnologia. E hoje é algo bem acessível e bem próximo da gente", concluiu.

Foram disponibilizadas duas versões do aplicativo: uma versão gratuita, que funciona nos aparelhos android nas versões 4.0 e superiores, e a versão paga, que funciona em todos os aparelhos adorid e possui uma qualidade de voz melhor que a gratuita.

Cerca de 40 portadores de deficiência visual participaram da reunião

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