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Ações de indenização por mortes no Pronto Socorro de Assis passam de R$ 2 milhões

Uma das ações na Justiça é de familiares do radialista Ricardo Pit, morto em outubro de 2013 Ações de indenização por mortes no Pronto Socorro de Assis passam de R$ 2 milhões

http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia

  • 30/07/14
  • 10:00
  • Atualizado há 504 semanas

Famílias de pacientes que morreram no Pronto-Socorro de Assis (SP) cobram na Justiça indenizações por danos morais que passam de R$ 2 milhões. Nas ações elas afirmam que houve negligência no atendimento e erro médico. Um dos processos é pela morte do radialista Ricardo Alexandre, conhecido como Ricardo Pit, que era operador de áudio da Rádio Difusora.

Irene e Roque da Silva perderam o filho Ricardo, de 37 anos, em outubro de 2013. Além da dor, o casal também passa pela revolta do filho não ter sido bem atendido no pronto-socorro. "Teve muita falha, passou por três médicos. Chegou no quarto e não tinham descoberto uma doença", reclama o pai.

Os pais afirmam que Ricardo foi duas vezes ao pronto-socorro municipal, onde foi tratado como se estivesse com uma virose. Depois disso ele juntou dinheiro e procurou um médico particular, que constatou que o caso era grave. O radialista voltou ao pronto-socorro, onde morreu.

Quinze dias depois, o laudo do Instituto Adolfo Lutz atestou que Ricardo Alexandre da Silva estava com leptospirose, uma bactéria transmitida principalmente pela urina do rato. A família do radialista entrou com uma ação na Justiça contra a Prefeitura de Assis por danos morais e pede uma indenização no valor de R$ 1 milhão.

Mais duas mortes que aconteceram dentro do pronto-socorro em julho de 2012 e setembro de 2013 também foram parar na Justiça. As famílias alegam erro médico e negligência no atendimento. Elas pedem indenizações nos valores de R$ 500 mil e R$ 700 mil.

ADVOGADO ALEGA VÁRIOS PROBLEMAS

Segundo o advogado Ernesto Nóbile, que representa as famílias, há erros nos diagnósticos e descaso com a população dentro do pronto-socorro. "O tratamento é péssimo, o volume de funcionários é pequeno para o volume de atendimento. Os médicos vêm de Marília, pessoas que estão iniciando na profissão e não tem a experiência necessária para ficar no pronto-socorro. E outro problema grave é que não tem mais no pronto-socorro equipamento de ultrassonografia."

RESPOSTA DA PREFEITURA

Em nota, a prefeitura de Assis informou que só vai se pronunciar sobre os casos depois que for notificada de alguma decisão da Justiça.

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