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Jovem se entrega à polícia, confessa assassinato e entrega as armas do crime

Gustavo Frioli diz que não se arrepende do crime

  • 17/09/14
  • 17:00
  • Atualizado há 500 semanas

Gustavo Frioli., de 19 anos, confessou na manhã desta quinta-feira, 17, ter matado a tiros o jovem José Eduardo Campos Lima, de 24 anos, na última quarta-feira, 10 de setembro.

Junto com o advogado Caisê Pinheiro, ele se apresentou ao delegado Ricardo Nascimento na Central de Polícia Judiciária. Ele foi interrogado por mais de uma hora e relatou sua versão sobre o homicídio, inclusive, entregou as duas armas utilizadas.

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Gustavo Frioli

Na sequência, você confere uma entrevista exclusiva:

Na tarde de hoje, 17, antes de ser removido à cadeia de Lutécia, Gustavo Frioli concordou em dar entrevista exclusiva à reportagem Voz da Terra para apresentar sua versão do assassinato de José Eduardo Campos de Lima, no último dia 10 de setembro. De dentro da cela, na Central de Polícia Judiciária, disse que não se arrepende do crime praticado, a não ser pela família de ambos. "Me arrependo pela família dele, pela minha mãe, pelo meu pai, pelas pessoas que estão comigo. Se for por mim, e por ele mesmo, não me arrependo de nada, porque ele já escapou da morte uma vez, quando levou três tiros de outro cara, por causa de uma mulher com quem saia", relatou.

Foi por conta da suposta tentativa de homicídio vivida por José Eduardo há tempos, que Gustavo afirma ter ido até a oficina dele levando duas armas para a execução. "Fui lá com duas armas, porque ele já tinha tomado tiros na cabeça e nas costas, com uma só, e o cara não conseguiu matar ele, então decidi já ir com duas. Em vez dele ficar quieto depois que quase foi morto pelo outro cara, quis dar uma de louco, sabendo que a gente é humano, que todo mundo erra".

Sobre a motivação para o crime, Gustava alega o seguinte: "Ele não aceitava a separação da ex-namorada dele, que hoje é minha namorada, e toda vez que me via na rua ficava me medindo, até que no ultimo domingo foi na porta de casa e deu o maior trabalho, fez a maior putaria lá. Me ameaçou, tentou me atropelar e atropelar meu pai, com uma caminhonete na contramão. Nada justifica tirar a vida de uma pessoa né? Mas na hora, fiquei nervoso porque ele falou um monte de coisas. Tenho testemunha de tudo, até a câmera da minha casa filmou tudo", garante.

Na versão do homicida havia quatro meses que a vítima lhe importunava: "Ele fazia fofocas pros outros, dizia que ia me pegar escondido e me matar. Todo mundo me julga né? Mas eu nunca fui na frente da casa dele ameaçar ninguém, nem nunca passei em frente a loja dele olhando pra dentro, até na hora que decidi ir lá e fazer tudo o que eu tinha que fazer. Deus conhece nosso coração e sabe o que eu estava passando em todos esses meses ai. Sou um cara meio nervoso e achei que ele não deveria ter ido na frente da minha casa. Para mim isso bastou", justifica.

Gustavo não conta quem o levou, em um Gol preto, até a Moto Mil. "Eu contei com a ajuda de uma pessoa sim, mas ela não sabia de nada", oculta.

Sobre o que espera do futuro, o autor confesso do homicídio relata: "vou levar minha vida normal. Posso até ter um peso, por causa das pessoas ficarem me julgando, mas ninguém sabe o que estava se passando. Na hora de ajudar foram poucos os que me deram uma palavra e me acalmaram".

Questionado sobre como conseguirá levar uma vida normal dentro da prisão, caso seja condenado, responde: "Lá é uma passagem né?".

Armas entregues ao delegado

Fonte: Jornal Voz da Terra/ Por Dagmar Marciliano - Foto: Facebook

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