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Apneia do sono pode ser tratada e levar à melhoria da qualidade de vida

O tratamento da apneia implica em vida mais saudável e com mais qualidade

Redação AssisCity

  • 01/07/15
  • 07:00
  • Atualizado há 459 semanas

O ronco e a apneia estão fortemente ligados a causas sociais, como a obesidade,mas pessoas magras também podem apresentar apneia, pois é uma doença multifatorial. O interessante é que o ronco e a apneia são espetros da mesma doença, com gravidades diferentes e devem ser tratados para que se tenha mais qualidade de vida e saúde.

Quando a pessoa dorme, a laringe, que é basicamente uma estrutura muscular e não tem sustentação por cartilagens ou ossos, relaxa e pode fechar, principalmente em algumas fases do sono, como o sono de ondas lentas, onde ocorre relaxamento muscular maior.

"Esse relaxamento pode colapsar a laringe. A obesidade causa um estreitamento maior nas paredes da laringe facilitando o colapso, porém uma pessoa magra com alteração de mandíbula ou de língua pode também apresentar ronco e apneia", diz o médico Luis Marceelo Pacheco Rotondaro, da Clínica do Sono Morpheus, em Assis.

De acordo com o médico, 80% das pessoas que procuram a Clínica apresentam queixas de sono, sofrem de apneia.

Mas, o ronco ou a apneia não acometem apenas adultos e nem tão somente os homens. Mulheres e crianças também podem sofrer desse mal.

"Em criança, o maior fator de apneia é o aumento das adenoides e amídalas, que determina o grau de fechamento da laringe", explica o médico.

Ainda segundo Rotondaro, a apneia tem vários graus de gravidade. Cada vez que a pessoa para de respirar no meio da noite, falta oxigênio no cérebro, embora o paciente apneico não chegue a acordar totalmente, o sono é fragmentado e supercializado,e não é reparador.

"O paciente apneico não chega a acordar totalmente, mas ele tem o sono fragmentado. O sono tem quatro fases, 1, 2, 3 e REM (Rapid Eyes Moviment), e cada uma delas é responsável por uma atividade diferente , seja na liberação de hormônios, seja na consolidação da memória e do aprendizado.

"O paciente com apneia não tem um sono reparador. Por essa razão, dormir bem e de forma contínua é importante, já que, sempre que uma pessoa acorda durante a noite, volta ao estágio inicial de sono e isso pode interferir em alguns processos que só ocorrem em fases mais profundas", explica o especialista.

" Quando, ao dormir, uma pessoas apneica estava entrando num sono bom, que é o sono 3 ou o sono REM e ronca, vai voltar no sono 1 e 2. Ela faz micro despertares. Isso atrapalha toda arquitetura do sono da noite, além de, dependendo do grau da apneia, diminui a oxigenação do sangue e ela corre até risco de ter um derrame ou um infarto no meio da noite. Essa fragmentação do sono, essas quedas de oxigenação repetidas no meio da noite vão fazer a pessoa ter toda uma atividade inflamatória aumentada, que noite após noite, e com o sono estragado, vai trazer muitas conseqüências no seu dia a dia", alerta o especialista.

A medicina do sono no Brasil tem apenas 25 anos, mas estudos já mostram que uma noite mal dormida tem várias consequências, começando pela sonolência diurna.

"Eu tenho pacientes com apneias graves que têm uma sonolência muito grande. Eles dormem aqui na clínica sentados, esperando a consulta. Encostou, já dorme. Isso pode causar consequências graves, principalmente na direção.O paciente dirigindo pode dormir e causar acidentes."

O especialista também fala do desconforto que a apneia do ronco causa no companheiro. "O companheiro reclama do ronco e fala que ele para de respirar a noite. Eu tenho um caso de um paciente que tem apneia muito grave que, agora está medicado, mas antes tinha muita sonolência diurna. Conta que estava fazendo um tratamento em Londrina uma época e que na estrada, acordou várias vezes no meio da soja."

Rotondaro diz que além da sonolência, a apneia pode desencadear outros problemas na pessoa, como o aumento da pressão arterial.

O exame que o paciente faz para constatar a apneia do sono é a polissonografia, que avalia as variáveis e indica o tratamento adequado.

"Uma apneia leve é possível tratar com um parelho intra-oral, que é uma placa que o paciente coloca na boca e vai reposicionar sua mandíbula. Também é um bom tratamento para o ronco. Já na apneia moderada e grave é indicado o uso do CPAP, que é um gerador de fluxo ligado a uma máscara. Ele produz uma pressão positiva na via aérea mantendo a laringe aberta. Temos vários tipos de aparelhos, que variam dependo da gravidade da apneia. Além disso, temos tratamento com fonoaudiologia que também apresentam resultados", finaliza o médico especialista em apneia do sono.

A Cíinica do Sono Morpheus fica na Rua Dr. Adalberto de Assis Nazaré, 1068, em Assis, e os agendamentos podem ser feitos pelo telefone (18) 3324-8384.

Médico Luis Marcelo Pacheco Rotondaro, da Clínica do Sono, " Morpheus", em Assis

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