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Ex-policial civil acusado de matar investigador pega 16 anos de prisão

Julgamento de ex-policial em Paraguaçu Paulista durou 13h. Crime foi em Oscar Bressane e defesa já entrou com recurso.

G1 Marília

  • 28/08/15
  • 08:00
  • Atualizado há 447 semanas

Depois de 13 horas de julgamento, o ex-policial civil Ademir Spolaor, de 44 anos, foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão, pelo assassinato do colega de trabalho, o investigador Roberto Lopes Meira. O crime foi há quase 7 anos dentro da delegacia de Oscar Bressane. O tribunal do juri foi realizado no fórum de Paraguaçu Paulista e o acusado chegou ao local acompanhado dos advogados. Os parentes da vítima assistiram o júri vestidos com uma camiseta preta com a foto de Roberto Meira.

Os jurados reconheceram a autoria e entenderam que o crime foi praticado por motivo torpe. "Mês que vem, dia 24 de setembro, faz sete anos que este rapaz matou o meu filho injustamente. Mas Deus fez justiça e é isso que importa", diz Augusta Lopes Meira, mãe de Roberto. A defesa do réu recorreu da sentença e Ademir Spolaor vai aguardar o resultado do pedido em liberdade.

O crime foi em setembro de 2008. De acordo com as investigações, um dia antes, Meira e a esposa discutiram com a mulher de Spolaor. Os três foram parar na delegacia e, no dia seguinte, Meira e a esposa precisaram voltar para assinar o boletim de ocorrência. Foi quando Spolaor chegou, foi até a cozinha onde estava o colega de trabalho e atirou cinco vezes contra ele. O investigador não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Clínicas.

Spolaor respondeu o processo em liberdade. Em 2011 ele foi exonerado do cargo pela Secretaria de Segurança Pública. O julgamento começou por volta das 10h, sob o comando do juiz Pedro Luiz Fernandes Nery Rafael. A defesa do réu pediu a absolvição, alegando legítima defesa. "Era iminente, porque dois policiais armados brigando, resultaria nos fatos", afirmou Luiz Eduardo da Silva, advogado de defesa.

Pela manhã, três pessoas indicadas pelo Ministério Público foram ouvidas pelo júri, entre elas estão uma funcionária e um delegado, que na época do crime trabalhavam na delegacia de Oscar Bressane, e a esposa da vítima também foi ouvida e contou a versão dela do crime.

O Ministério Público representado pelo promotor Fernando Fernandes Fraga, e o assistente de acusação, José Cláudio Bravos, pediu a condenação de Spolaor por homicídio qualificado, quando há a intenção de matar. "Ele chegou atirando pelas costas, ele foi para executar", disse José Cláudio Bravos, assistente de acusação.

Os familiares da vítima vestiam camiseta preta com a foto de Roberto.

Roberto Meira levou cinco tiros e não resistiu.

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