Buscar no site

Suspeito do assassinato de músico também é investigado por roubo de joias em Lins, diz polícia

Homem teria fornecido as armas e levado os suspeitos de atirarem na vítima até o local do crime

G1

  • 21/01/21
  • 17:00
  • Atualizado há 169 semanas

O homem preso preventivamente nesta terça-feira (19), suspeito de comandar o assassinato a tiros de um músico de 29 anos em Lins (SP), também está sendo investigado pela Polícia Civil pela participação em um roubo de R$ 50 mil em joias no fim do ano passado.

Em 29 de dezembro, um empresário do ramo de semijoias foi roubado quando estava saindo da casa de uma revendedora no Jardim Santa Terezinha. Ele contou à polícia que foi levado de carro até uma estrada não pavimentada, onde os criminosos levaram as joias e o deixaram trancado no veículo.

A Polícia Militar foi acionada por testemunhas e o empresário foi socorrido sem ferimentos. Segundo o BO, os assaltantes levaram 50 kits de semijoias no valor de R$ 1 mil cada um, além de um celular e R$ 6 mil em dinheiro.

Segundo o delegado Wanderley Gonçalves Santos, o suspeito foi preso preventivamente nesta terça-feira (19) por causa do homicídio, mas a Polícia Civil também vai pedir a prisão dele pelo crime do roubo, no qual o homem também é apontado como o "cabeça do grupo".

"Ele tinha informações de que esse empresário de semijoias estaria na cidade, estaria no bairro, e ele combinou com esses comparsas, os mesmos [do homicídio> inclusive, de roubarem. Ele não pôs a mão na arma e nem foi junto, porém depois ele recebeu as semijoias para poder fazer dinheiro", explica o delegado.

A Polícia Civil informou que parte das joias já foi recuperada e que vai pedir a prisão de familiares do suspeito, que estavam se beneficiando com a troca dos produtos, e de outros dois suspeitos já identificados pela polícia.

Homicídio

O homem suspeito de ser o mentor do roubo das joias foi preso pelo homicídio do músico Caio Cezar de Souza Ferreira. O corpo da vítima foi encontrado no último dia 12 em uma estrada de terra às margens da Rodovia Transbrasiliana (BR-153), em Lins.

No dia seguinte ao crime, outros dois suspeitos já haviam sido presos no Bairro Santa Terezinha, onde a polícia também apreendeu uma das armas usadas no crime. Os homens foram presos em flagrante e confessaram o homicídio.

Divulgação - Polícia aprendeu mais uma arma que pode ter sido usada no crime: vítima tinha perfurações de dois tipos de caibre - Foto: Polícia Civil/Divulgação
Polícia aprendeu mais uma arma que pode ter sido usada no crime: vítima tinha perfurações de dois tipos de caibre - Foto: Polícia Civil/Divulgação

Já o terceiro suspeito, preso nesta terça-feira, é apontado como o mentor e organizador do crime. "Ele efetivamente não executou o Caio, só arquitetou o crime, combinou com os comparsas e cedeu a arma", explica o delegado.

A polícia também apreendeu mais uma arma utilizada no crime com a mãe do suspeito. Segundo o delegado, a mulher foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e relatou à polícia que guardava o revólver porque estava sendo ameaçada.

Apesar de o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não ter sido finalizado, o delegado já sabe que a vítima recebeu tiros de armas de diferentes calibres. As duas armas apreendidas passarão por exame balístico.

Em relação à motivação do homicídio, o delegado informou que pode estar relacionada a problemas com crimes cometidos anteriormente pela vítima e os suspeitos. Apesar disso, ainda não se sabe qual seria este outro delito e não há indícios de que Caio estaria envolvido no caso das semijoias, apesar de ter antecedentes criminais por roubo.

"Nós vamos descobrir a motivação depois da perícia das armas porque as duas armas apreendidas foram utilizadas neste homicídio. Nós vamos fazer o confronto balístico dessas com os crimes de homicídio anteriores, aí a gente vai descobrir de qual homicídio eles estão falando e qual foi a problemática em relação a isso que motivou este último crime", conta Wanderley.

Segundo o delegado, os suspeitos serão indiciados por homicídio qualificado, praticado por meio de emboscada, e associação criminosa. A polícia ainda investiga o possível crime de corrupção de menores, porque o grupo teria usado uma adolescente para atrair a vítima para a emboscada.

Receba nossas notícias em primeira mão!

Mais lidas
Ver todas as notícias locais