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Médico Marcelo Queiroga aceita convite de Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde

O Brasil terá o quarto ministro da Saúde ainda em meio à pandemia.

Jornal Nacional - G1

  • 16/03/21
  • 10:00
  • Atualizado há 162 semanas

O Brasil terá o quarto ministro da Saúde ainda em meio à pandemia. Desde domingo (14), o assunto domina as discussões em Brasília. Na noite desta segunda-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro confirmou que o médico Marcelo Queiroga vai assumir a pasta no lugar de Eduardo Pazuello.

A pressão pela troca do ministro da Saúde já vem de algum tempo e piorou nos últimos dias, com o agravamento da crise sanitária. O presidente Jair Bolsonaro fez várias reuniões no fim de semana. Numa delas, com ministros generais: Braga Netto, da Casa Civil; Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo; Fernando Azevedo, da Defesa; e o próprio Pazuello, tratou da pressão política do Centrão para troca do ministro.

Ainda no domingo (14) circulou informação de que Pazuello teria alegado motivos de saúde e pedido para sair. Mas, horas depois, a assessoria do ministério desmentiu.

No domingo (14) mesmo o presidente se reuniu, por três horas, com a cardiologista Ludhmila Hajjah e Pazuello. Mas, nesta segunda (15) cedo, ela foi pessoalmente ao Palácio do Planalto, dizer ao presidente que a resposta era não.

Horas depois, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, esteve no Planalto e almoçou com Bolsonaro.

Bolsonaro seguiu fazendo consultas. Recebeu Marcelo Queiroga, atual presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que também foi chamado ao Planalto nesta segunda (15). Queiroga ajudou na transição do governo, em 2018.

Enquanto as reuniões e tratativas aconteciam no Palácio do Planalto, no Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello convocou uma entrevista. Ele admitiu que o presidente estava buscando um nome para substituí-lo e disse que não haverá rompimento nos trabalhos da pasta.

"O presidente está nesta tratativa de reorganizar o ministério. Enquanto isso não for definido, a vida segue normal. Nós estamos trabalhando focados na missão. Quando o presidente tomar sua decisão, faremos uma transição correta como manda o figurino", disse Pazuello.

E declarou que jamais pediu para deixar o cargo.

"Senhores, eu só pedi para ir embora uma vez na vida, no curso de Comandos, a primeira vez que tentei. Depois voltei para concluir o curso. Eu não vou pedir para ir embora, não é da minha característica. Não vou pedir para ir embora. Nem eu, nem Elcio (Elcio Franco, secretário-executivo do ministério), nem nenhum de nós que está aqui. Isso não é um jogo, isso não é uma brincadeira: 'Quero ir embora'. Isso é sério. Isso é o país, é a pandemia, é o Ministério da Saúde, salvar vidas. Isso não pode ser levado da forma como está sendo colocado. Não, eu não pedi para ir embora nem vou pedir. Nós estamos trabalhando", afirmou.

No início da noite, o presidente Bolsonaro anunciou a escolha do quarto ministro da Saúde. Ao site Foco do Brasil ele confirmou o nome de Marcelo Queiroga.

"Foi decidido agora à tarde a indicação do médico dr. Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente e eu já o conhecia há alguns anos, então, não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias e tem tudo no meu entender para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje", disse Bolsonaro.

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