Publicitária alega falta de atendimento ao pai e inconsistência na declaração de óbito

A morte de um homem de 79 anos, ocorrida no dia 14 de março, na UPA, resultou em dois boletins de ocorrência, tendo como reclamantes membros da sua família.

Em um boletim a família reclama a falta do atendimento adequado a seu pai, que precisava de oxigênio e não recebeu e a não coleta dos exames necessários.

O segundo boletim registrado refere-se à uma inconsistência na declaração de óbito, que constava como pneumonia, pois ele estava confirmado com COVID-19, o que deixou a funerária em dúvida sobre o uso do protocolo. Ainda de acordo com o boletim, a família retornou à UPA para pedir uma cópia de declaração, o que foi negada, sendo informados que ela seria refeita.

Herculano Lopes de Diniz havia sofrido um AVC recentemente e ainda tinha a confirmação de Dengue.

Sua filha, a publicitária assisense Daiane Elen Diniz, reclama da demora no atendimento ao seu pai e da declaração de óbito, assim como de uma coleta de sangue feita após sua morte.

"Meu pai estava na UPA desde sábado e na madrugada, quando voltei ao local, vi pelo vidro que ele havia piorado e estava sem oxigênio. Após eu falar com uma enfermeira ele foi levado para outra sala, onde seria atendido. Meu pai morreu horas depois, por volta das 4h, sem monitoramento", reclama a publicitária.

Com a chegada da funerária na UPA, o corpo do pai de Daiane, segundo ela, estava preparado para sepultamento seguindo o protocolo para COVID-19. Porém, em sua declaração de óbito não constava a confirmação da doença, que já havia sido informada pela família.

"Por causa dessa declaração incorreta, demoramos mais de 8 horas para sepultá-lo. Sabemos que só depois de horas de sua morte que a UPA foi colher exame de sangue para comprovar a doença, quando ele já estava no cemitério, pouco antes de seu sepultamento", reclama a filha Daiane.

Procurada pela reportagem, a Assessoria da UPA informou através de nota que "todos os procedimentos técnicos e legais foram seguidos neste caso e lamenta muito o ocorrido. Mantendo a transparência e a ética sempre, a UPA se coloca à disposição para qualquer esclarecimento".