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Homem é preso por engano durante atendimento no Poupatempo de Assis

Valdemir Mazul foi preso por erro no processamento de pensão alimentícia devida pelo seu irmão

Redação AssisCity

  • 30/04/21
  • 08:00
  • Atualizado há 154 semanas

Nesta quarta-feira, 28 abril, o morador de Tarumã, Valdemir Mazul, de 50 anos, sofreu um desconforto ao comparecer na agência do Poupatempo em Assis para renovar seu RG e sair preso por engano do local.

Segundo ele, há dias precisava renovar seu RG e compareceu à agência de Assis com horário marcado para pedir uma nova emissão do documento.

"Por volta das 12h eu fui atendido, quando a atendente digitou meus dados no sistema, ficou um pouco apreensiva e entrou dentro de uma sala, conversou com um homem e retornou. Novamente ela sentou na mesa digitou e pediu para eu aguardar um pouco que havia um problema", contou Valdemir.

Enquanto esperava, Valdemir notou uma movimentação estranha e quando viu a atendente retornava junto de um policial, que pediu para que Valdemir o acompanhasse até dentro de uma sala.

"Ele foi educado, disse que o assunto poderia causar constrangimento e eu o segui. Quando entrei na sala ele me disse que eu estava sendo procurado pela Justiça, por pensão alimentícia, o que é um absurdo, pois sou casado e só tenho uma filha que mora comigo e minha esposa", explicou indignado o homem.

Divulgação - Valdemir foi preso por engano dentro da agência do Poupatempo de Assis
Valdemir foi preso por engano dentro da agência do Poupatempo de Assis

Valdemir contou ainda que telefonou para sua esposa, conversou com o policial e comprovou os fatos, além de identificar no documento que o CPF que constava não correspondia ao seu, mas mesmo assim ele foi levado para a Delegacia. "Foi constrangedor, tive que ir no carro da polícia, deixar meu carro lá na rua", relatou.

Por volta das 13h Valdemir chegou na Delegacia e segundo ele, foi tratado como um bandido. "Eu estou abalado ainda, cheguei lá e me fizeram tirar a roupa para me revistar, tiraram foto minha naquelas paredes de altura e me colocaram numa cela, como se realmente eu fosse um presidiário", desabafou Valdemir.

Após pedir água e ser ignorado pela equipe policial, Valdemir ficou preso até as 17h quando levaram água para ele e seu advogado chegou no local. "Eu ,sem telefone e sem nada, nem consegui avisar minha família. Quando o advogado chegou identificaram que foi um erro no fechamento de um processo do meu irmão, feito em 2019, quando colocaram o meu RG no processo dele, e não deram baixa, mesmo ele já tendo pago isso há anos", revoltou-se Valdemir.

Após a constatação do mal entendido, ele foi liberado, restando a dívida com o advogado. "A gente que luta com a vida, passar uma situação dessa é triste demais. Ganho pouco e ainda tenho que pagar o advogado, por algo que nem fiz. A gente é tratado igual bicho pela polícia, não desejo isso para ninguém", finalizou Valdemir.

Valdemir disse que entrará com processo contra o Estado.

Confira a entrevista completa:

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