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"Se estou vivo hoje é devido à vacina", afirma candidomotense que tomou a vacina contra COVID, foi contaminado e ficou 11 dias internado

Esse é mais um relato do especial "Venci a COVID-19", do Portal AssisCity

Redação AssisCity

  • 02/05/21
  • 11:00
  • Atualizado há 155 semanas

A história que você vai conhecer hoje no especial "Venci a COVID-19" é a de Carlos Eduardo de Souza, 42 anos, um candidomotense que tomou a vacina, foi infectado e ficou 11 dias internado no Hospital Maternidade de Assis. Ele afirma durante toda a conversa exclusiva com a reportagem do Portal AssisCity que a vacinação foi a principal aliada para que o desfecho não fosse o pior possível, mesmo que em certos momentos acreditava que não resistiria.

Na quarta-feira, 7 de abril, o balconista de uma farmácia, já imunizado com as duas doses da vacina contra COVID-19, amanheceu com uma certa irritação na garganta, além de febre baixa. Durante o trabalho, não conseguia focar, pois as dores o incomodavam. Em conversa com seu gerente, pediu que fosse liberado para realizar o teste de PCR do Coronavírus.

Vinte minutos após realizar o exame, o resultado positivo assustou o profissional de saúde, que rapidamente foi procurar ajuda médica. Após a consulta, foi informado que iniciaria com alguns medicamentos e vitaminas e que deveria retornar em caso de piora.

"A piora foi constante e entre indas e vindas ao médico, com trocas de medicação, resolvi procurar um hospital em Assis, após sentir um aumento da febre e perceber que a infecção poderia ter chego em meu pulmão", conta Carlos Eduardo.

No domingo pela manhã, Carlos foi até a unidade hospitalar, onde realizou uma tomografia, a pedido médico, que indicou 10% de seu pulmão comprometido pela doença. A médica que o atendeu foi sincera com ele e aconselhou dois caminhos, que eram a internação ou continuar o tratamento em casa.

Pelo seu conhecimento profissional, Carlos concordou que a internação era o melhor caminho e ter o contato diário com médicos e enfermeiros seria essencial para melhorar e receber medicamentos que talvez fossem mais eficazes.

"Concordei com a médica que a internação seria o melhor caminho, até pelo motivo de que eu já sentia algumas dores no peito. No hospital você tem o contato diário com toda uma equipe que vai cuidar de você", diz Carlos Eduardo, que foi internado logo em seguida, já no período da tarde.

Após uma piora, mesmo internado, na terça-feira, 13 de abril, foi informado que seu pulmão estava 30% tomado pela doença. No dia seguinte, uma nova piora em seu quadro o fez ficar preocupado, porém, o pior viria na quinta-feira, 15.

"Durante esses primeiros dias houve uma piora, o pulmão piorou um pouco, mas o pior dia foi a quinta-feira. Ali eu imaginei que pudesse acontecer algo grave. Eu estava em um estágio antes da oxigenação e dois da intubação. Nesse momento até esqueci da vacina, o medo falou mais alto", afirma Carlos, que precisou trabalhar muito seu psicológico nesses momentos.

Na quinta-feira ainda, a oxigenação do candidomotense caiu, e para piorar sentia muito cansaço. A equipe médica realizou a colocação de um cateter nasal para oxigenação, melhorando um pouco seu quadro, mas com muito medo.

"Nesse dia eu achei que ia morrer. Tudo de ruim passava na minha mente e eu tentava substituir isso por positividades. Eu estava muito mal, sem forças para nada, e só melhorei um pouco com o cateter", afirma Carlos, que sentiu isso como um presente que deu forças para ele prosseguir lutando, principalmente ao ver a esposa e a filha.

A visita das duas foi um tanto diferente. Pela janela, pois ele estava em um quarto em que a janela ficava para a rua. Foi assim que ele sentiu as energias positivas, emocionou-se e sentiu que sairia daquela situação.

"Pelo fato da janela do quarto ficar voltada para rua, minha família foi até lá, já que não podiam entrar. Quando vi minha filha chorei muito, pois por um certo momento achei que nunca mais poderia encontrá-la", disse emocionado, que chorava muito durante essa entrevista ao relatar o momento de graça.

A melhora veio no dia seguinte, com dois remédios. Um para a alma e para o espírito, vindos da visita da esposa e filha, e outro de antibióticos e cateter. Assim, Carlos Eduardo sentiu que voltaria para casa em algum momento e poderia matar a vontade de abraçar filha e esposa.

Carlos teve alta somente na semana seguinte, 21, e contava com as lembranças e energias passadas pela família e afirma que a fé foi uma das principais aliadas.

"Sou evangélico, creio muito em Deus e nesses momentos no hospital me apeguei ainda mais na fé. Além dos médicos, Ele também estava do meu lado nesse tempo todo", confessa Carlos.

Recuperado, ele segue com medicamentos e afirma ainda não estar apto para trabalhar.

"Quando deito, me sinto normal, porém quando levanto é como se estivesse acabado de correr uma maratona. Porém não reclamo, pois estou vivo, e tenho certeza que se não fosse a vacina, talvez eu não estivesse aqui ao lado da minha esposa e filha, e nem dando essa entrevista para alertar a população a tomar a vacina, pois a vacina salvou minha vida, evitando que eu tive agravamentos, e pode salvar a sua", finaliza Carlos Eduardo.

divulgação - Recuperado, Carlos Eduardo mostra seu comprovante de vacinação contra COVID-19
Recuperado, Carlos Eduardo mostra seu comprovante de vacinação contra COVID-19

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