"Estamos buscando força em Deus para seguirmos na nossa profissão", diz a técnica de enfermagem Ana Aparecida de Jesus Rodrigues
Ela atua na Santa Casa e Hospital Regional de Assis
A série Heróis da Pandemia de hoje, do Portal AssisCity em parceria com a Santa Casa de Assis, apresenta mais uma heroína da pandemia da instituição, representando seus profissionais da saúde, do Brasil e de todo o mundo, que estão na linha de frente no combate à COVID-19. São eles que arriscam suas vidas, afastam-se de seus familiares, fazem horas e horas de plantões e vibram quando salvam vidas.
A técnica de enfermagem Ana Aparecida de Jesus Rodrigues, de 52 anos, de Assis, tem vivido um dos momentos mais tristes desde 2007, quando passou a fazer parte do grupo de profissionais da saúde.
Ela que escolheu a profissão porque sempre admirou e achava lindo o trabalho da enfermagem, por poder "ajudar a salvar vidas", está agora, como todos os colegas de trabalho, enfrentando desafios jamais imaginados.
"Esse é um momento de tristeza e dor por querer fazer mais e não poder; é um desafio diário lidar com o fato de querer que essa pandemia acabe logo. Eu vejo minhas amigas chorando, tristes. Estamos buscando forças em Deus para seguirmos na nossa profissão", diz a técnica de enfermagem.
Ana, que já chegou a uma carga horária máxima de 46 horas, nunca imaginou passar por uma pandemia como essa e diz o que a morte pela COVID-19 provoca em quem está cuidando de um paciente. "Nunca imaginei passar por isso na minha vida. Ver tantas pessoas morrerem e não poder fazer nada. É desesperador, horrível, dói muito", confessa Ana.
Por outro lado, o sentimento de gratificação quando vê uma vida sendo salva extrapola dentro dela: "É muito gratificante quando uma pessoa é salva desse vírus. Ver uma pessoa sendo curada é o que mais amo".
E, entre sentimentos de tristeza e gratidão, Ana vai acreditando que tudo vai passar, e volta para casa, após dias exaustivos de trabalho, e diz que toma todos os cuidados para poder manter um convívio familiar saudável.