Buscar no site

SP suspende preventivamente vacinação contra Covid de grávidas com comorbidades

Medida também foi tomada no RJ e ocorre após Anvisa recomendar que grupo não seja vacinado com vacina da AstraZeneca. Vacinação de grávidas começaria nesta terça no estado de SP; capital paulista vacinará grupo com Pfizer e Coronavac.

g1

  • 11/05/21
  • 10:00
  • Atualizado há 150 semanas

O governo de São Paulo suspendeu a vacinação de grávidas com comorbidades, que deveria começar a partir desta terça-feira (11), conforme previsto pelo calendário da gestão estadual. A medida também já foi tomada no estado do Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul.

A determinação ocorre de forma preventiva, após a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar a suspensão imediata da aplicação da vacina contra Covid da AstraZeneca/Fiocruz nesse público.

De acordo com a gestão estadual, a suspensão será mantida até que ocorra uma nova orientação por meio do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde.

O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, destacou que o estado não tem doses suficientes das vacinas da CoronaVac e Pfizer, os outros dois imunizantes aplicados no país, para conseguir vacinar a população de grávidas com comborbidades.

"Temos que encerrar ou suspender temporariamente para que nós, da secretaria de estado da saúde, estejamos não só aguardando as orientações técnicas do Ministério da Saúde, em relação a qual vacina estará sendo orientada para esse público, bem como o desenho da logística que faremos a todo o nosso estado", afirmou em entrevista ao Bom Dia SP.

A suspensão, entretanto, não afeta a vacinação das puérperas com comorbidades, que poderão ser imunizadas a partir desta terça (12).

Recomendação da Anvisa

A nota emitida pela agência reguladora na noite desta segunda (10) diz que a orientação é que "seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país".

A Anvisa, no entanto, não relatou nenhum evento adverso ocorrido em grávidas no Brasil.

O texto diz ainda que "o uso de vacinas em situações não previstas na bula só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios para a paciente".

A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca, porém, não recomenda o uso da vacina sem orientação médica.

Novos públicos

Nesta terça (11), o estado de São Paulo começou a vacinar contra a Covid pessoas com deficiência permanente com idade entre 55 e 59 anos e metroviários e ferroviários. A expectativa é a de vacinar 140 mil pessoas nestes novos grupos prioritários.

O próximo grupo no calendário estadual será o de pessoas com comorbidades com idade entre 55 e 59 anos, a partir da quarta-feira (12).

Na sexta-feira (14), começa a vacinação de pessoas com idade entre 50 e 54 anos com doenças preexistentes ou deficiência permanente.

E na próxima terça, dia 18, motoristas e cobradores de ônibus municipais e intermunicipais começarão a ser imunizados. Segundo o governo estadual, 165 mil pessoas vão receber a vacina nesta etapa.

Receba nossas notícias em primeira mão!