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A Epidemia Emocional

Colunista - Carla Reis

Carla Reis

  • 11/06/21
  • 11:00
  • Atualizado há 145 semanas

Tudo que fazemos ao coletivo gera impactos emocionais.

Fica registrado na mente, na memoria e no coração.

Podemos discordar com alguém por 20 minutos discutindo pelas redes sociais e remoer isso o dia todo, e receber um elogio e responder apenas com um emojis e esquecermos em apenas1 minuto.

Temos a tendência a fixar o ruim, o feio, o detestável, do que o bom, o bonito, o adorável.

Em uma comunidade coletiva, é importante a construção de condições comunitárias de clemencia para que a dor e o sofrimento, consequentes da morte/perda, sejam menos traumáticas. Utilizando formas de conscientização da qual não se responsabiliza meramente em embasamento não constituídos de extremo estudos de casos, e gravemente desconsiderando uma resposta universal e total aos mecanismos psíquicos, porque precisa haver equilíbrio, respeito entre as ações não se isentando das responsabilidades sociais, afetivas e civis.

Outrossim a culpa não ê minha, mesmo tendo tido a covid-19.

É evidente que as reações emocionais de quem perde pessoas queridas, por agora, podem perdurar por muito mais tempo do que duraria em uma sociedade sem a pandemia do coronavírus. "Isto é, ainda que o luto seja temporário, ele pode ser um caminho extremamente mais doloroso e intenso para aqueles que perdem pessoas queridas nesse momento, justamente porque as 'regras do jogo' do luto a que estávamos acostumados mudaram", pondera o psicólogo e professor do curso de serviço social da Estácio Ricardo Castro.

Mas há um parâmetro de consenso de que criamos memórias, e que o passado}presente precisam ser observados de forma positiva para que possamos olhar para vida e termos esperanças.

Do que alimentamos a esperança de um futuro se não as memorias guardadas com ressignificações concluídas.

Há muitos aterrorizados, de luto, outros desenvolvendo transtornos psicoemocionais, psicossomáticos.

Nunca uma época nos fez confinamento dentro de nós mesmos.

O medo coletivo pode agravar transtornos prévios ou ser gatilhos mentais para novos.

Não podemos negligenciar as fragilidades das pessoas e deixar a saúde mental que pode gerar efeitos negativos em varias áreas da vida, incluindo a imunidade, que nos coloca em um cenário pandêmico de vulnerabilidade ainda maior.

A pandemia não acabou, na verdade chegou no seu ápice.

O luto é um processo de posicionamento face à perda e à morte, sendo importante para o elaborar do processamento das fases sendo um ritual normal das pessoas.

A pandemia nos tirou a expressão publica da dor e do sofrimento, o enlutado fica sem oferta para chorar a perda, compartilhar memorias e sentimentos, despedida, acolhimento, o alento das pessoas de sua convivência junto com o apoio emocional.

Estamos presenciando nas redes sociais um grande movimento de memorial para os enlutados, homenagens aos falecidos como o obituário mais eficiente de informações em tempo real.

Não tem certo ou errado, apenas sejam condições humanas a serem superadas.

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