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Ato Cívico marca importância da memória histórica no "Carolina"

Ato cívico faz parte de um projeto da área de Humanas e suas Tecnologias

Divulgação

  • 08/09/15
  • 15:00
  • Atualizado há 446 semanas

Alunos do Ensino Médio e Fundamental da E.E. Dona Carolina Francini Burali-PEI participaram na última semana do hasteamento e arriamento de bandeiras em homenagem as comemorações do 7 de Setembro.

Esse ato cívico faz parte de um projeto da área de Humanas e suas Tecnologias, coordenado pela professora Dagmar Eugenio Alves Silva. Segundo ela, ao longo do ano, alunos vão entrando em contato com hinos e suas histórias ratificando a importância da preservação e entendimento da memória nacional.

"É fundamental que exista um entendimento sobre o País em que vivemos neste momento e para que isso aconteça, o resgate de tradições cívicas é fundamental. O Hino da Independência, por exemplo, está esquecido, quase não se houve mais, então situar nossos alunos na História além de uma obrigação é uma satisfação para nós educadores" finaliza.

O ato contou com a presença de alunos, professores e diretores da escola e houve o canto dos hinos Nacional, Municipal e da Independência.

Box: Um pouco de História

Ao ser composto, o Hino da Independência do Brasil não tinha este nome. Nem sua música era a mesma que hoje é cantada nas comemorações da Semana da Pátria. O hino que homenageia nossa separação de Portugal tem uma história interessante, que vale a pena ser conhecida.

Quem o compôs foi o fluminense Evaristo Ferreira da Veiga e Barros (1799-1837), que era livreiro, jornalista, político e poeta. Com a fundação da Academia Brasileira de Letras, em 1897, Evaristo da Veiga tornou-se o patrono da sua cadeira de número 10.

A maior parte da composição que se inicia com os versos "Já podeis, da pátria filhos", é anterior ao grito do Ipiranga e data de agosto de 1822. Favorável à independência, Evaristo da Veiga escreveu o poema que intitulou "Hino Constitucional Brasiliense" e o fez publicar. O poema agradou o público da Corte, o Rio de Janeiro, e foi musicado pelo então famoso maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal (1760-1830), que havia sido professor de música do jovem príncipe Dom Pedro - imperador Pedro I, após a proclamação da Independência.

Dom Pedro compositor

Sendo um amante das artes musicais, Dom Pedro, em 1824, afeiçoou-se pelos versos de Evaristo da Veiga e resolveu compor ele mesmo uma música para o poema, criando assim aquele que se tornaria o Hino da Independência. Não se sabe ao certo a data em que foi composta, mas a melodia de Dom Pedro passou a substituir a de Marcos Portugal, oficialmente, em 1824.

A participação do imperador foi tão valorizada que, durante quase uma década, não só a autoria da música, mas também a da letra, lhe foi atribuída. Evaristo da Veiga precisou reivindicar os seus direitos, comprovando ser o autor dos versos em 1833. Seus originais se encontram hoje na seção de manuscritos da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.

Idas e voltas

Com a abdicação de dom Pedro 1º, a Regência, o Segundo Reinado e - principalmente - a proclamação da República, o Hino da Independência foi sendo gradativamente deixado de lado. Somente em 1922, no centenário da Independência, ele voltou a ser executado. No entanto, na ocasião, a música de Dom Pedro foi posta de lado, sendo substituída pela melodia do maestro Portugal. Foi durante a Era Vargas (1930-1945), que Gustavo Capanema, então ministro da Educação e da Saúde, nomeou uma comissão para estabelecer definitivamente os hinos brasileiros de acordo com seus originais. Essa comissão, integrada entre outros, pelo maestro Heitor Villa-Lobos, houve por bem restabelecer como melodia oficial aquela composta por Dom Pedro I.

Letra do Hino

Hino da Independência

Já podeis, da Pátria filhos,

Ver contente a mãe gentil;

Já raiou a liberdade

No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava

Da perfídia astuto ardil...

Houve mão mais poderosa:

Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,

Que apresentam face hostil;

Vossos peitos, vossos braços

São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, ó brasileiro,

Já, com garbo juvenil,

Do universo entre as nações

Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.

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