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Vaidades e Imprudências

Walter Roque Gonçalves

  • 02/08/17
  • 16:00
  • Atualizado há 350 semanas

O desejo por ganhos astronômicos é perseguido por investidores no mundo inteiro. Quem não deseja investir seu dinheiro e tê-lo valorizado 350% em poucos meses? Ou acertar em um novo empreendimento e ganhar milhões? Todos ficaríamos satisfeitos com tais resultados. O problema é que quando a vaidade reina e transforma o grande sonho de prosperidade em um palco de imprudências.

Veja o que a história nos ensina. Napoleão Bonaparte foi imperador e general conhecido pela sua coragem, pois nunca recuava. Bonaparte representava a Revolução Francesa de 1799. O imperador da época foi decapitado e, em 1804, ele se autoproclama o novo imperador. A primeira batalha contra os exércitos da Áustria e Rússia foi em desvantagem gritante em número de soldados e, mesmo assim, Bonaparte conquistou a vitória com inteligência e estratégia.

O imperador esbanjava autoconfiança, paixão pelo trabalho, controle total de seus recursos e esforços. Aprendia rapidamente e tinha uma diferenciada inteligência analítica. Isto permitiu que Napoleão surpreendesse os exércitos inimigos o transformando num mito capaz de escrever a sua própria história.

Em poucos anos, Bonaparte tornou-se o homem mais poderoso da França. Contudo, o arrojo, audácia e fortaleza logo foram subjugados pela vaidade, imprudência e extravagância desenfreada. O desejo de glória o traiu como uma droga, que oferece migalhas insustentáveis de felicidade.

As estratégias vitoriosas de antes não mais surtiam efeito. Guerras, como a declarada contra a Espanha, foram empreendidas e logo o temido e respeitado general perdeu as primeiras batalhas. Com o lema de avançar sempre, ele foi incapaz de recuar e com isso construiu a sua própria ruína: foi obrigado a renunciar a coroa por duas vezes e morreu no segundo exilio na ilha de Santa Helena, no Oceano Pacífico.

As batalhas diárias no 'front' dos negócios oferece desafios tão grandes quanto aos que Napoleão Bonaparte enfrentara. Há muitos acertos que inspiram, no entanto, os erros do imperador são de grande aprendizado.

A história de Napoleão Bonaparte prova que nem todas batalhas valem a pena ser empreendidas. E, que há momentos de avançar e outros de recuar. Quanto a vaidade, esta deve ser mantida sob rigorosa vigília para que não transforme oportunidades de negócios numa arena de imprudências.

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