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Sufoco na hora do remédio? Confira dicas de como medicar corretamente os pets

Saiba o que fazer e, principalmente, o que não fazer na hora de dar algum remédio para o seu bichinho

Meu amigo Pet

  • 04/03/18
  • 16:00
  • Atualizado há 319 semanas

Quem tem animal de estimação sabe o sufoco que é na hora de dar algum remédio. Alguns são mais tranquilos, mas outros dão "um baile" na hora de engolir um comprimido ou tomar algum outro remédio.

Mas, afinal, existe algum jeito "infalível" de fazer isso? Uma das técnicas mais usadas é esconder o comprimido dentro de alguma comida. A Patrícia Muniz, dona do Cisquinho, diz que é a solução que mais dá certo. "Costumo misturar no meio dos sachês e eles adoram", garante.

Dona da Brenda, da Pretinha e da Meg, a empresária Cyndi Rosa diz que o método também funciona muito bem com as cachorrinhas. "Dou um pedacinho de alguma coisa que elas gostem muito. Aí logo em seguida, dou outro pedaço com o comprimido dentro. Elas nem percebem."

No entanto, é preciso ter atenção, pois, além do disfarce não ser sempre eficiente, se o animal perceber que está sendo "enganado" e não ingerir todo o alimento, ele receberá uma subdosagem do medicamento.

Segundo o médico veterinário Juliano Caçador, não são todos os medicamentos que podem ser dados junto a alimentos e, por isso, é extremamente recomendado checar com um profissional antes. "É importante ficar atento também para a doença que está sendo tratada. Em alguns casos, existem certos alimentos que o animal não pode ingerir", diz.

O veterinário também alerta para os riscos de diluir o remédio. "Diluir não é a opção mais indicada, pois cada medicamento tem suas particularidades. Quando diluímos, podemos causar alterações no tempo de ação no organismo", afirma.

A médica veterinária Thais Helena Desjardins Bergonso enfatiza, ainda, que, diluir pode deixar o medicamento com um gosto amargo, o que pode causar vômitos.

A fotógrafa Carolina Rohwedder, dona dos gatos Renoir, Amora e Mia, usa o método de colocar o comprimido diretamente na boca.

"Às vezes, costumo usar aquela técnica de pegar por trás do pescoço e colocar o comprimido no cantinho da boca. Com o Renoir e a Amora deu certo, mas a Mia... Nem com reza vai!", diz.

A técnica é muito utilizada com gatos, mas é preciso realizar o procedimento da forma correta. "É preciso colocar o comprimido bem no fundo da garganta, acessando pela lateral da boca", explica o veterinário. Não é recomendado tampar a boca do animal, pois pode fazer com que ele se apavore para respirar.

A dica nesse caso, segundo Thaís Bergonso, é esfregar levemente o focinho ou passar a mão na região da garganta, para estimular o animal a engolir. Após o procedimento, o dono deve se certificar de que todo o medicamento foi engolido.

Uma das opções disponíveis no mercado para auxiliar nesta técnica são os aplicadores de comprimidos. Eles possuem a ponta de silicone e evitam que o dono precise colocar os dedos dentro da boca do animal.

É importante que o aplicador seja de plástico e com ponta de silicone, caso contrário, pode ferir a boca do bichinho.

"Para os medicamentos líquidos, a forma mais recomendada e segura é utilizar uma seringa", afirma Thaís.

Gosto ruim

O principal motivo dos pets se recusarem a ingerir os medicamentos é por causa do gosto. "Alguns deles costumam salivar, ter náuseas e até vomitar depois de tomarem algum remédio", afirma a dra. Thaís Bergonso. Uma alternativa são os remédios com sabores, que são mastigáveis e possuem um cheiro mais agradável.

Uma farmácia especializada em medicamentos veterinários, com unidades na região de Bauru (SP), Sorocaba (SP) e São José do Rio Preto (SP), oferece, por exemplo, um produto chamado "Hamburguito", que segue essa proposta.

O produto é uma forma farmacêutica palatável com o sabor de carne similar ao hambúrguer. Ele tem como finalidade mascarar o odor e sabor amargo dos medicamentos garantindo a adesão ao tratamento.

"Em testes realizados com Silimarina e outros ativos com gosto mais amargo, a aceitação foi 100% já que sua é composição diferente do biscoito medicamentoso, produto que nem todos aceitam", afirma Renata Piazera, farmacêutica responsável.

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