Dia da Mulher nos bancos de Assis é marcado por conscientização
Foram distribuídos panfletos em defesa da democracia, pelos direitos das mulheres e contra os retrocessos
Representantes do Sindicato dos Bancários de Assis marcaram presença nas agências bancárias do município neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, distribuindo panfletos
de conscientização em defesa da democracia, pelos direitos das mulheres e contra os
retrocessos.
Estudos recentes mostram que 59% das pessoas desempregadas são mulheres e elas
demoram mais para se inserir no mercado: cerca de 15,25 meses. Em relação aos homens,
esta média reduz para 12,43 meses. Quando conseguem vaga, são admitidas ganhando
menos. No caso das bancárias, de acordo com pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, até 28% menos que os bancários
contratados em janeiro deste ano.
"Nós mulheres levaríamos 88 anos para ter igualdade salarial com os homens como já mostrou
um estudo. Mas, nesse cenário atual, de um ano com muitos retrocessos, vemos que essa
discrepância ficou ainda mais distante de ser alterada", afirma a diretora do Sindicato, Rosana
Calori.
Com a reforma trabalhista, as mulheres também são as mais prejudicadas, já que são a maioria na informalidade e no trabalho precário, e também na desigualdade de salários e oportunidades no mercado. A nova lei prevê uma jornada de 12 horas seguidas por dia, afetando diretamente as mulheres que têm dupla jornada de trabalho.
"Vivemos numa sociedade patriarcal onde as mulheres ainda são as únicas responsabilizadas pelo cuidado da casa e da família. Além de lutarmos contra os retrocessos impostos pelo governo Temer, temos que lutar para que mais mulheres ocupem cadeiras no parlamento, para erradicar a violência contra a mulher que cresce a cada dia, contra o desmonte das leis trabalhistas e mais que isso, dizer não à PEC 287, da reforma da Previdência", finaliza.
Diretora do Sindicato, Rosana Calori