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Não é frescura! Entenda as alergias respiratórias e suas complicações

Sofrer com espirros e nariz escorrendo não é apenas um incômodo passageiro para quem tem uma alergia respiratória, pois elas podem ter consequências bem mais sérias

Bem-Estar

  • 20/05/18
  • 12:00
  • Atualizado há 308 semanas

Você não consegue se concentrar direito no trabalho porque não para de espirrar. Passa a noite em claro porque a garganta coça. Pede para desligar o ar condicionado mesmo quando faz 30 graus lá fora, porque sua cabeça dói.

Para muita gente, isso pode parecer mero capricho. Porém, a verdade é que as alergias respiratórias incomodam, fazem as crianças perderem aula, reduzem nossa produtividade, nos impedem de ter um sono reparador e diminuem nossa qualidade de vida.

Entendendo as alergias respiratórias

As alergias são uma reação exagerada do nosso sistema imunológico ao se deparar com uma partícula que, na verdade, seria inofensiva, e a confunde com um microrganismo causador de doenças.

Com isso, o sistema de defesa se mobiliza para combater essa partícula e produz anticorpos, que estimulam a liberação da histamina na corrente sanguínea.

A histamina é a substância que causa os primeiros sintomas da alergia. No caso das alergias respiratórias, esses sintomas são espirros, congestão nasal, coriza, prurido nasal, inchaço dos lábios e das vias respiratórias e irritação dos olhos.

Principais causadores das alergias respiratórias

As alergias têm um componente genético que fazem com que o organismo fique mais suscetível a determinadas substâncias, que passam a ser chamadas de "alérgenos".

No caso das alergias respiratórias, os alérgenos mais comuns são ácaros, poeira doméstica, mofo (fungos), pelos e penas de animais, pólen, cigarro, perfumes e odores fortes.

Rinite alérgica e asma alérgica

As alergias que acometem as vias aéreas causam duas doenças principais: a rinite alérgica e a asma alérgica, que podem ocorrer isoladamente ou ao mesmo tempo.

A rinite alérgica atinge mais de 2 milhões de pessoa no Brasil, acometendo quase 30% das crianças e adolescentes, e seus sintomas ficam restritos às vias aéreas superiores e aos olhos. É a doença alérgica mais comum no mundo todo.

Já a asma alérgica pode se desenvolver a partir da rinite e apresenta sintomas como tosse, chiado no peito, falta de ar e cansaço. A asma é uma doença mais grave e pode levar à morte - estima-se que 3 pessoas morrem todos os dias no Brasil em decorrência dela.

Complicações das alergias respiratórias

Além de reduzir a qualidade de vida, prejudicar a produtividade no trabalho e o rendimento escolar e impedir a realização das atividades do dia a dia, as doenças respiratórias podem levar a outras doenças e complicações, incluindo até mesmo o óbito. Conheça as principais:

- Respiração pela boca

Por causar o congestionamento do nariz de forma crônica, uma das complicações mais comuns da rinite alérgica é a respiração pela boca, que acontece principalmente à noite.

Dessa forma, a pessoa pode apresentar um ressecamento das mucosas, o que aumenta a tendência a inflamações e infecções de garganta, além de provocar uma respiração ruidosa e os desagradáveis roncos e diminuir a qualidade do sono.

Além disso, por dormir com a boca sempre aberta, o paciente que sofre com rinite também pode ter uma deformação da arcada dentária, levando à necessidade de tratamentos ortodônticos por questões estéticas e de saúde.

- Tendência a apresentar outras doenças

A rinite alérgica crônica está associada a outras doenças por criar condições que favorecem o desenvolvimento dessas comorbidades. Conheça as principais:

Faringite e laringite: as secreções nasais escorrem para essas vias, favorecendo a tosse e a irritação local. O ressecamento das mucosas também contribui para uma maior chance de inflamação e infecção na garganta;

Conjuntivite alérgica: ocorre principalmente nas pessoas com alergia ao pólen. Além de piorar a rinite, deixa os olhos vermelhos, coçando e lacrimejantes;

Sinusite: surge em até 70% das pessoas com rinite em consequência da inflamação e do inchaço da mucosa nasal, que atrapalham a saída da secreção e criam um ambiente favorável ao desenvolvimento de bactérias e das infecções;

Otite média: a rinite leva a uma disfunção da tuba auditiva, causando inflamação e infecção. É mais comum em crianças e se manifesta por sintomas como dor, febre e até mesmo perda da audição;

Asma: a rinite é um fator de risco para o desenvolvimento da asma, pois há uma tendência para a chamada hiper-reatividade brônquica - condição em que os brônquios têm uma reação exagerada aos alérgenos.

Além dessas doenças, outras enfermidades relacionadas a quadros crônicos de alergia são a doença pulmonar obstrutiva crônica, a doença do refluxo gastroesofágico, a mastocitose sistêmica e a aspergilose broncoupulmonar alérgica.

- Anafilaxia

Embora seja mais frequentemente causada por alergia a alimentos, medicamentos e picadas de inseto, qualquer tipo de alérgeno pode levar à anafilaxia, uma reação alérgica muito grave que acontece principalmente em pessoas que sofrem de asma.

Os primeiros sintomas da anafilaxia são como os de uma crise alérgica normal, como a coriza e o prurido. Porém, depois de cerca de 30 minutos, surgem inchaço no rosto, na língua e na garganta, dificuldade para respirar e engolir, convulsões e perda da consciência.

Sem tratamento rápido (feito com uma injeção de adrenalina), a pessoa pode ter o choque anafilático, quando acontece obstrução das vias respiratórias devido ao inchaço, parada respiratória e parada cardíaca, podendo levar à morte.

Como evitar as complicações das alergias respiratórias

As alergias respiratórias não têm cura, mas a prevenção e o tratamento contribuem para uma boa qualidade de vida. Dessa forma, a melhor maneira de evitar crises é evitar o contato com o alérgeno adotando medidas como estas:

Limpar a casa com aspirador de pó e pano úmido;

Manter armários bem ventilados para evitar o mofo;

Consertar infiltrações para evitar o excesso de umidade;

Ficar longe do cigarro e da fumaça;

Lavar roupas de cama e cobertores com frequência;

Impedir que os animais de estimação entrem no quarto da pessoa alérgica;

Eliminar tapetes, carpetes e objetos que acumulem pó (como bichos de pelúcia).

Além desses cuidados, uma garantia a mais que você pode proporcionar a você mesmo e à sua família é utilizar um aparelho de purificação do ar para eliminar ácaros, fungos, odores de animais e cheiro de cigarro.

Dê preferência a um purificador de ar que não necessite de troca de filtro e que tenha um baixo consumo de energia, assim ele poderá ficar ligado 24 horas por dia. Dessa forma, você evita as crises alérgicas e as complicações que elas trazem para a sua vida.

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