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Assisense relata confusão durante manifestação dos caminhoneiros

Bruno Silva pediu silêncio aos motoristas devido à proximidade com Centro de Especialidades

Redação AssisCity/ Fotos: Google

  • 23/05/18
  • 18:00
  • Atualizado há 305 semanas

Na manhã desta quarta-feira, 23, dezenas de caminhoneiros de Assis e região fizeram uma carreata pelas principais avenidas e ruas da cidade. A manifestação aconteceu contra aumento dos preços dos combustíveis, contra a cobrança de eixos erguidos nos pedágios e contra a PL 121, que regulamenta o piso mínimo do valor dos fretes.

Porém, uma confusão envolvendo um pequeno grupo de manifestantes e o assisense Bruno Silva aconteceu em frente ao Centro de Especialidades, na Rua Marechal Deodoro, no Centro.

Segundo Bruno, tudo começou porque ele teria pedido para os motoristas não buzinarem em frente ao local.

"Por volta das 12h30, a carreata estava passando em frente ao Centro de Especialidades, onde eu passaria por uma consulta oftalmológica. Meu filho e minha mãe estavam comigo no carro, e fui pedir para um dos caminhoneiros que não buzinasse naquele local, porque havia muitos pacientes doentes e que precisavam ser respeitados", afirma.

Nesse momento, Bruno afirma que o passageiro de um dos caminhões colocou a mão em seu peito e a confusão começou.

"Os caminhões estavam parando por conta do trânsito nos cruzamentos e me aproximei para conversar com o passageiro de um deles. Ele colocou a mão no meu peito, disse que era para eu cuidar da minha vida e foi quando o motorista desceu. Ele começou a me dar socos e empurrões, mas quando eu vi já tinha umas cinco pessoas em cima de mim e me agredindo. Algum outro participante viu a confusão e mandou que todos voltassem, mas ele parecia preocupado mais com a legitimidade do movimento do que comigo", salienta.

O assisense registrou Boletim de Ocorrência e passou por exame de Corpo de Delito no IML. Ele argumenta que o uso da buzina de forma exagerada é motivo de infração segundo o Código de Trânsito Brasileiro.

"O Código de Trânsito Brasileiro afirma que é proibido acionar a buzina em frente de hospitais, escola ou interior de túneis. Para veículos produzidos a partir de 2002, a pressão sonora deve ser de 93 a 104 decibéis. Esses dados estão disponíveis para todos, já que todo cidadão tem o direito de se posicionar e cobrar que as leis sejam cumpridas. Da mesma maneira que eles tiveram a divulgação do ato deles, gostaria que eles assumissem a responsabilidade dos atos. Os caminhoneiros têm toda a razão em protestar, mas o direito deles não pode interferir no direito dos demais munícipes", conclui.

A equipe do AssisCity conversou com o motorista envolvido na confusão. Ele afirma que Bruno saiu do Centro de Especialidades já bastante nervoso.

"Estava com meu caminhão subindo pela rua, juntamente com os demais caminhoneiros. O rapaz saiu já bravo, xingando todo mundo e chamando a gente de vagabundo. O carona tentou contê-lo, mas ele começou a bater no caminhão e fiquei nervoso também. Em momento algum fizemos bagunça na frente do hospital, pois estávamos só passando. Não fomos arrumar briga com ninguém, só estávamos nos manifestando por uma causa que julgamos justa", conclui.

Confusão aconteceu em frente ao Centro de Especialidades, em Assis

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